Israel bombardeia áreas de Rafah, e cessar-fogo fica mais distante
EUA ameaçaram cortar o fornecimento de armas se Israel fizer uma operação completa na cidade
Redação Exame
Publicado em 10 de maio de 2024 às 06h24.
Forças de Israel bombardearam áreas de Rafah nesta quinta-feira, segundo relatos de palestinos que moram na região. A ofensiva israelense continua enquanto o primeiro-ministroBenjamin Netanyahurejeitou aameaça do presidente dos EUA,Joe Biden, de reter armas de Israelse houver uma operação completa na cidade do sul de Gaza.
De acordo com a Reuters, um alto funcionário israelense disse na noite de quinta-feira que a última rodada de negociações indiretas no Cairo para interromper as hostilidades em Gaza havia terminado e que Israel prosseguiria com sua operação em Rafah e outras partes da Faixa de Gaza conforme planejado.
Israel apresentou aos mediadores suas reservas sobre uma proposta do Hamas para um acordo de libertação de reféns, disse o funcionário.
“Se for necessário, lutaremos com as unhas”, disse Netanyahu num comunicado em vídeo. "Mas temos muito mais do que nossas unhas."
Em Gaza, membros de Hamas e Jihad Islâmica disseram que combatentes dispararam foguetes antitanque contra posições israelenses concentradas na parte leste da cidade.
Um ataque aéreo israelense contra duas casas no bairro de Sabra, em Rafah, matou pelo menos 12 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Israel diz que membros do Hamas estão escondidos em Rafah, onde a população aumentou devido a centenas de milhares de habitantes de Gaza que procuram refúgio dos bombardeios que reduziram a maior parte do enclave a ruínas.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca repetiu a sua esperança de que Israel não lance uma operação completa em Rafah, dizendo não acreditar que isso iria promover o objetivo de Israel de derrotar o Hamas.
Os ataques de Israel a Gaza mataram quase 35 mil palestinos e feriu outros 80 mil, a maioria deles civis, segundo o Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas.
Israel lançou sua ofensiva em resposta a um ataque do Hamas que matou cerca de 1.200 pessoas e raptaram 252. Cerca de 128 reféns permanecem em Gaza e 36 foram declarados mortos, de acordo com o último relatório israelense.