Israel avalia revogar residência de palestinos de Jerusalém
A medida, que está ainda em estudo, afetaria cerca de 80 mil palestinos, dos mais de 370 mil que vivem em Jerusalém
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2015 às 07h53.
Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, avalia revogar a permissão de residência em Israel dos palestinos de vários bairros de Jerusalém Oriental, possibilidade que foi criticada por vários de seus ministros.
A medida, que está ainda em estudo, afetaria cerca de 80 mil palestinos, dos mais de 370 mil que vivem em Jerusalém, descrita pelo parlamento israelense como capital "eterna e unificada" de Israel, informou nesta segunda-feira a imprensa local.
Netanyahu levou sua proposta há duas semanas ao gabinete de segurança do Conselho de Ministros por causa da onda de violência que sacode a região, e no qual participam mais de 15 moradores dos bairros palestinos da cidade, que ficam na parte oriental ocupada por Israel desde 1967.
O status de residente dá a população desses bairros direito de se movimentar livremente por todo o território de Israel, ao contrário da população da Cisjordânia que precisa de permissões especiais.
Segundo o "Times of Israel", a proposta fazia parte do pacote de medidas estudado, e depois aprovado em parte pelo governo israelense para conter uma onda de violência que começou em 1º de outubro, que deixou nove israelenses, um eritreu e um árabe-israelense mortos.
No mesmo período morreram 55 palestinos (metade deles agressores ou supostos agressores), e mais de mil ficaram feridos nos incessantes protestos contra o exército israelense na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
"Devemos examinar a possibilidade de cancelar sua residência. Devemos realizar um debate sobre o tema", disse Netanyahu aos seus ministros.
Alguns dos ministros disseram ao "Times of Israel" e ao jornal "Israel Hayom" que se surpreenderam com a ideia porque significaria mais um passo para a divisão da cidade.
"É uma decisão de grande alcance que requer um referendo, porque suporia entregar território (soberano)", disse na reunião o titular de Transporte, Yisrael Katz, em referência a parte leste de Jerusalém, anexada por lei em 1980 e considerada pela legislação local como território soberano israelense.
A resolução parlamentar de anexação foi rejeitada pela comunidade internacional, e de fato não tem validade fora de Israel.
O tema de Jerusalém é um dos assuntos centrais do conflito do Oriente Médio, e os palestinos consideram o leste da cidade, incluída a Cidade Antiga, sua capital.
Algumas medidas adotadas pelo governo israelense para conter a violência do último mês, entre elas a instalação de um muro de separação em vários desses bairros, já tinham gerado forte polêmica em nível interno pela interpretação que poderiam ter, e obrigaram o primeiro-ministro a voltar atrás.
Segundo o Canal 2, a proposta de revogar a residência dos palestinos desses bairros não voltou a ser estudada pelo gabinete de segurança.
Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, avalia revogar a permissão de residência em Israel dos palestinos de vários bairros de Jerusalém Oriental, possibilidade que foi criticada por vários de seus ministros.
A medida, que está ainda em estudo, afetaria cerca de 80 mil palestinos, dos mais de 370 mil que vivem em Jerusalém, descrita pelo parlamento israelense como capital "eterna e unificada" de Israel, informou nesta segunda-feira a imprensa local.
Netanyahu levou sua proposta há duas semanas ao gabinete de segurança do Conselho de Ministros por causa da onda de violência que sacode a região, e no qual participam mais de 15 moradores dos bairros palestinos da cidade, que ficam na parte oriental ocupada por Israel desde 1967.
O status de residente dá a população desses bairros direito de se movimentar livremente por todo o território de Israel, ao contrário da população da Cisjordânia que precisa de permissões especiais.
Segundo o "Times of Israel", a proposta fazia parte do pacote de medidas estudado, e depois aprovado em parte pelo governo israelense para conter uma onda de violência que começou em 1º de outubro, que deixou nove israelenses, um eritreu e um árabe-israelense mortos.
No mesmo período morreram 55 palestinos (metade deles agressores ou supostos agressores), e mais de mil ficaram feridos nos incessantes protestos contra o exército israelense na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
"Devemos examinar a possibilidade de cancelar sua residência. Devemos realizar um debate sobre o tema", disse Netanyahu aos seus ministros.
Alguns dos ministros disseram ao "Times of Israel" e ao jornal "Israel Hayom" que se surpreenderam com a ideia porque significaria mais um passo para a divisão da cidade.
"É uma decisão de grande alcance que requer um referendo, porque suporia entregar território (soberano)", disse na reunião o titular de Transporte, Yisrael Katz, em referência a parte leste de Jerusalém, anexada por lei em 1980 e considerada pela legislação local como território soberano israelense.
A resolução parlamentar de anexação foi rejeitada pela comunidade internacional, e de fato não tem validade fora de Israel.
O tema de Jerusalém é um dos assuntos centrais do conflito do Oriente Médio, e os palestinos consideram o leste da cidade, incluída a Cidade Antiga, sua capital.
Algumas medidas adotadas pelo governo israelense para conter a violência do último mês, entre elas a instalação de um muro de separação em vários desses bairros, já tinham gerado forte polêmica em nível interno pela interpretação que poderiam ter, e obrigaram o primeiro-ministro a voltar atrás.
Segundo o Canal 2, a proposta de revogar a residência dos palestinos desses bairros não voltou a ser estudada pelo gabinete de segurança.