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Israel aprova 1º assentamento na Cisjordânia em 20 anos

A construção foi aprovada mesmo que o primeiro-ministro Netanyahu ainda negocie com Washington uma possível contenção da atividade de assentamentos

Assentamentos: tais assentamentos, em território que Israel capturou na guerra de 1967 do Oriente Médio, são classificados como ilegais por maior parte do mundo (Baz Ratner/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de março de 2017 às 22h26.

Jerusalém - O gabinete de segurança de Israel aprovou nesta quinta-feira a construção do primeiro novo assentamento em duas décadas na Cisjordânia ocupada, mesmo que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ainda negocie com Washington uma possível contenção da atividade de assentamentos.

A votação unânime a favor da construção do novo assentamento em uma área chamada Emek Shilo aconteceu após Netanyahu dizer a repórteres: "Eu fiz uma promessa que iriamos estabelecer um novo assentamento. Nós iremos mantê-la hoje".

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O resultado da votação foi anunciado em comunicado do governo.

Autoridades palestinas rapidamente condenaram o ato.

"O anúncio de hoje prova mais uma vez que Israel está mais comprometido a apaziguar sua população ilegal de colonos do que cumprir os requisitos pela estabilidade e uma paz justa", disse Hanan Ashrawi, um membro do comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina.

Não houve reação imediata do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está em discussões com Israel sobre limites de construção de assentamentos em terras que palestinos buscam para um Estado.

Tais assentamentos, em território que Israel capturou na guerra de 1967 do Oriente Médio, são classificados como ilegais por maior parte do mundo.

Israel cita ligações bíblicas, históricas e políticas à terra, assim como interesses da segurança, para defender suas ações.

Netanyahu prometeu pela primeira vez o novo assentamento em Emek Shilo em fevereiro, pouco antes de dezenas de famílias israelenses serem despejadas de outro assentamento na Cisjordânia chamado Amona.

Suas casas foram demolidas após o Supremo Tribunal de Israel decidir que foram construídas ilegalmente em terras palestinas privadas.

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