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Israel afirma que reunião sobre Gaza em Paris foi 'construtiva', mas que existem desacordos

As reuniões, que começaram neste sábado, buscam avançar em direção a um acordo que inclua uma trégua nos combates e liberação de reféns pelo Hamas

Guerra: governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta intensa pressão da opinião pública para conseguir a libertação dos reféns retidos em Gaza (Menahem Kahana / AFP/AFP Photo)

Guerra: governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta intensa pressão da opinião pública para conseguir a libertação dos reféns retidos em Gaza (Menahem Kahana / AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 28 de janeiro de 2024 às 18h46.

A reunião realizada neste domingo, 28, em Paris entre Estados Unidos, Egito, Catar e Israel para um cessar-fogo em Gaza foi "construtiva", afirmou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acrescentando que ainda existiam "desacordos" entre as partes.

Participaram do encontro chefes do Mossad (serviço israelense de inteligência externa) e do Shin Bet (serviço israelense de inteligência interna), diz um comunicado. As partes "continuarão discutindo esta semana em outras reuniões", acrescenta o texto.

O diretor da CIA, William Burns, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e um alto funcionário egípcio também participaram das negociações.

As reuniões, que começaram neste sábado, buscam avançar em direção a um acordo que inclua uma trégua nos combates e a libertação de reféns retidos pelo movimento islamista Hamas na Faixa de Gaza, segundo fontes conhecedoras.

O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta intensa pressão da opinião pública para conseguir a libertação dos reféns retidos em Gaza, onde as operações militares israelenses não dão trégua.

O presidente americano Joe Biden conversou durante o fim de semana com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, sobre "os últimos acontecimentos em Israel e Gaza", mas a Casa Branca destacou que nenhum anúncio iminente estava previsto.

A guerra começou em 7 de outubro com o ataque de combatentes islamistas do Hamas, que mataram quase 1.140 pessoas, a maioria civis, e sequestraram quase 250 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Mais de 100 reféns foram libertados no fim de novembro durante uma trégua. De acordo com as autoridades israelenses, 132 permanecem retidos em território palestino e o governo acredita que 28 estão mortos.

Em resposta, Israel executa uma ofensiva aérea e terrestre que deixou pelo menos 26.422 mortos até o momento, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.

O jornal New York Times informou que o acordo discutido em Paris aborda uma possível primeira trégua de 30 dias que permitiria a libertação de mulheres e dos reféns mais idosos e feridos.

Durante o período, as duas partes negociariam uma segunda fase, que também teria duração de 30 dias e permitiria a libertação dos homens e dos soldados.

Segundo o jornal, o acordo também incluiria a libertação de palestinos detidos em penitenciárias de Israel.

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