Mundo

Mais de 140 são detidos no Egito

Comunicado afirma que a intensificação dos protestos surge como reação às agressões contra as manifestantes e os detidos islamitas


	Irmandade Muçulmana: nas manifestações, as forças de segurança já detiveram 147 membros da Irmandade Muçulmana, que chamaram de "sabotadores" (Reuters)

Irmandade Muçulmana: nas manifestações, as forças de segurança já detiveram 147 membros da Irmandade Muçulmana, que chamaram de "sabotadores" (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 10h49.

Cairo- A Coalizão egípcia para a defesa da Legitimidade, que inclui a Irmandade Muçulmana e outros grupos afins, convocou uma semana de protestos, a partir de hoje, em todas as províncias do país contra o governo egípcio, e até agora 147 pessoas já foram detidas.

"Os injustos terroristas passaram dos limites (...) e chegou o momento de aumentar a ira", diz a nota divulgada pelo grupo que assegura também que o que qualificaram como "semana da ira" começará com "força e pacifismo".

O comunicado afirma ainda que a intensificação dos protestos surge como reação às agressões contra as manifestantes e os detidos islamitas e pelo congelamento das atividades das associações sociais vinculadas com os Irmandade Muçulmana.

"Não ficaremos de braços cruzados diante da agressão contra as mulheres do Egito e os abusos contra os detidos que rejeitam o golpe de Estado e contra as associações de caridade que atendem a 20 milhões de egípcios", ressalta a nota.

Além disso, o grupo explica que não dá importância a "o absurdo dos golpistas" como a declaração da Irmandade Muçulmana como organização terrorista ou a realização, nos próximos 14 e 15 de janeiro, do referendo constitucional.

Nas manifestações, as forças de segurança já detiveram 147 membros da Irmandade Muçulmana, que chamaram de "sabotadores", entre eles, 28 mulheres.

A convocação de manifestações sucede dois dias depois que o governo egípcio classificou como "grupo terrorista" a Irmandade Muçulmana, o que criminaliza a pertinência a este grupo ou a participação em suas manifestações.

A decisão governamental ofereceu a justificativa jurídica às autoridades para congelar as atividades de mais de mil associações de caridade por sua suposta vinculação com a Irmandade, e que continuarão seu trabalho sob o controle do governo para não prejudicar, segundo o Executivo, os cidadãos beneficiados de seus serviços. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIrmandade MuçulmanaViolência urbana

Mais de Mundo

Venezuela: governo brasileiro acompanha apuração e diz aguardar dados detalhados da votação

Venezuela: Brasil irá esperar atas oficiais, mas diz que falta de transparência 'incomoda'

Biden defende limitar mandatos de juízes da Suprema Corte dos EUA

Veja quais líderes mundiais reconheceram e contestaram a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela

Mais na Exame