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Irmã de Biden diz que buscou exorcizar Casa Branca após saída de Trump

A irmã do presidente americano, Valerie Biden, lançou livro de memórias nesta semana, em que conta que tentou "remover tudo que Trump tocou"

Valerie Biden (foto de arquivo): irmã de Biden lançou livro de memórias nesta semana (Barry Chin/The Boston Globe/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2022 às 17h37.

Última atualização em 21 de abril de 2022 às 17h41.

Como de praxe, a Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, passou por algumas reformas na transição de presidentes.

Mas Valerie Biden Owens, a irmã do presidente americano, Joe Biden, deu mais detalhes sobre sua "transformação" do lugar em suas memórias lançadas nesta semana.

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Seu desafio, segundo conta no livro, foi tentar "exorcizar" de sua mente e da residência oficial o fato de que o ex-presidente Donald Trump foi o ocupante do lugar - o que ocorreu durante seu mandato entre 2017 e 2021.

No livro "Growing Up Biden: A Memoir" (Crescendo como Biden: uma memória, em tradução livre), Valerie afirma que, ao redecorar o Oval Office, o conhecido gabinete do presidente americano, ela exigiu que retirassem de lá "tudo o que Trump tocou".

A irmã de Biden fez parte do comitê de reforma da Casa Branca, que é comum na troca de presidentes - cada qual com algum pedido excêntrico, como troca de obras de arte entre George W. Bush e Barack Obama, ou novos sofás pedidos por Gerald Ford.

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As trocas pós-Trump incluíram ainda tirar um retrato do questionado ex-presidente Andrew Jackson (o sétimo presidente dos EUA, que ficou conhecido por perseguição a indígenas nativos no século 19 e política escravista, e a quem Trump elogiou).

Valerie diz que Joe Biden pediu que o retrato fosse substituído por "um do presidente Franklin D. Roosevelt ", e que fossem adicionados bustos como de Martin Luther King ou Rosa Parks. Todos, disse ela, refletiam melhor "o entendimento de Joe e a reverência pela alma desta nação".

"O Salão Oval já começou a parecer mais com os Estados Unidos", disse, após as trocas.

Um de seus pedidos, no entanto, não pode ser realizado: a troca da mesa oficial. Ela afirma que tentou trazer o Salão Oval a mesa usada por Franklin Roosevelt, mas que o móvel estava na casa familiar do ex-presidente e não pode ser trazido.

"Então, a mesa atrás da qual Trump sentou fico", disse. Mas ela afirma que um consolo, em sua opinião, foi que o mesmo móvel foi usado por outros presidentes, como John F. Kennedy e Barack Obama.

Valeria escreve que, ainda assim, teria demorado até "exorcizar da minha mente a imagem repugnante de seu ocupante anterior", se referindo a Trump no Salão Oval.

O livro de Valerie Biden foi lançado na última terça-feira, 19. Nas quase 300 páginas, além das reformas na Casa Branca, ela conta histórias sobre a família Biden e sua relação próxima com o irmão, Joe.

"É justo dizer que eu vivi os primeiros 40 anos da minha vida pública adulta na sombra de Joe", escreveu. Não há, no entanto, escândalos da família ou críticas ao irmão, pelo contrário, como notou o jornal The Washington Post.

A obra é muito mais uma peça que tenta vender os Biden como um unido "clã" católico tradicional e contar anedotas da vida privada da família sob um novo ângulo do que uma lista de sujeiras tiradas de debaixo do tapete.

Valerie também narra fatos de sua vida pessoal, sendo ela uma das primeiras gerentes de campanha eleitoral e estrategistas políticas na história dos EUA por seus trabalhos nas campanhas de Biden. Ela é vista como uma das principais confidentes de Biden e tendo participado direta ou indiretamente de todas as suas campanhas.

Valerie é a única irmã de Biden, ela com 76 anos e ele, com 79. O presidente americano tem ainda outros dois irmãos mais novos, James "Jim" Biden e Francis "Frank" Biden.

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