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Irã zomba dos EUA por sancionarem navio afundado e banco fechado

O governo dos EUA sancionou ontem 700 indivíduos, empresas e entidades do Irã, principalmente dos seus setores energéticos e financeiros

Mohammad Javad Zarif: "A intimidação dos EUA é contraproducente (...) o mundo não pode permitir que (o presidente Donald) Trump e companhia destruam a ordem global", ressaltou. (Maxim Zmeyev/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 07h29.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 11h57.

Teerã - O ministro das Relações Exteriores do Irã , Mohammad Javad Zarif, zombou dos Estados Unidos por incluir na sua lista de 700 entidades sancionadas um navio que afundou no último mês de janeiro e um banco fechado há seis anos.

Zarif afirmou, em um tweet publicado na noite desta segunda-feira (horário de Brasília), que este movimento é "uma operação psicológica desesperada para ampliar a lista de entidades iranianas sancionadas".

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Segundo o chefe da diplomacia iraniana, este tipo de sanção prova que as políticas de Washington estão dirigidas de modo "indiscriminado" contra a população iraniana.

Com as suas críticas, Zarif se referiu ao banco Tat, fechado desde setembro de 2012, e ao petroleiro Sanchi, que afundou em janeiro deste ano após sofrer um acidente no mar da China Oriental, causando a morte de 30 marinheiros.

Previamente, o ministro de Relações Exteriores tinha denunciado que a reimposição de sanções pelos EUA desafiava o máximo "tribunal da ONU e o Conselho de Segurança".

"A intimidação dos EUA é contraproducente (...) o mundo não pode permitir que (o presidente Donald) Trump e companhia destruam a ordem global", ressaltou.

O governo dos EUA sancionou ontem 700 indivíduos, empresas e entidades do Irã, principalmente dos seus setores energéticos e financeiros, mas anunciou que oito países (China, Índia, Itália, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia) estarão isentos durante seis meses dessas restrições à compra de petróleo.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, explicou que essas isenções buscam apenas "garantir um mercado petroleiro bem abastecido" e frisou que seu governo continuará com sua "campanha de pressão econômica sem precedentes" para forçar o Irã a acabar com suas "atividades malignas" no Oriente Médio.

Antes que Washington detalhasse suas medidas punitivas contra o Irã, o presidente iraniano, Hassan Rohani, assegurou que seu país superará "com orgulho" as sanções e seguirá vendendo seu petróleo. EFE

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