Irã realiza exercícios de defesa aérea em meio a ameaças às suas instalações nucleares
Nos últimos dias, o Irã realizou diversos exercícios militares em várias partes do país, após o portal americano “Axios” informar que a Casa Branca cogita a possibilidade de lançar um ataque contra instalações nucleares iranianas
Agência de Notícias
Publicado em 12 de janeiro de 2025 às 11h23.
O Exército do Irã iniciou na madrugada deste domingo os exercícios de defesa aérea Eqtedar 1403 (Poderio 1403), no norte e oeste do país, a fim de fortalecer as capacidades defensivas contra as ameaças de um possível ataque às suas instalações nucleares.
As manobras, projetadas para simular condições reais de campo de batalha, oferecem uma oportunidade de testar uma variedade de sistemas avançados de defesa aérea produzidos internamente, segundo informou a agência de notícias “IRNA”.
Nestes exercícios serão utilizados sistemas de mísseis, radares, unidades de vigilância e guerra eletrônica, bem como caças e drones, para realizar missões ofensivas e defensivas e combater uma variedade de ameaças, incluindo bombardeios aéreos, ataques com mísseis e táticas de guerra eletrônica.
Nos últimos dias, o Irã realizou diversos exercícios militares em várias partes do país, após o portal americano “Axios” informar que a Casa Branca cogita a possibilidade de lançar um ataque contra instalações nucleares iranianas caso o país se aproxime do desenvolvimento de bombas atômicas.
Autoridades israelenses também emitiram ameaças semelhantes contra as instalações nucleares do Irã nos últimos meses.
O Exército e a Guarda Revolucionária do Irã realizaram exercícios na terça-feira para fortalecer as defesas aéreas na usina nuclear de Natanz, no centro do país, em antecipação a um ataque às suas instalações.
Tensão com Trump 2.0
As tensões com o Irã podem aumentar com a chegada ao poder nos Estados Unidos de Donald Trump, em 20 de janeiro, que durante seu primeiro mandato se retirou do acordo nuclear assinado entre Teerã e as potências mundiais e voltou a impor sanções contra o país persa.
Desde então, o Irã aumentou seu nível de enriquecimento de urânio para 60%, um patamar muito próximo dos 90% necessários para fabricar armas nucleares.