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Irã está pronto para aumentar trabalho nuclear, diz ONU

O país islâmico instalou quase 2.800 centrífugas no sítio de enriquecimento de Fordow, situado dentro de uma montanha


	Instalação de reator iraniano: AIEA pede colaboração do regime quanto ao programa nuclear
 (Getty Images)

Instalação de reator iraniano: AIEA pede colaboração do regime quanto ao programa nuclear (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 16h42.

Viena - O Irã está pronto para expandir drasticamente a atividade de enriquecimento de urânio em uma instalação subterrânea depois de instalar todas as centrífugas para a qual foi construída, mostrou um relatório nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira.

O país islâmico instalou quase 2.800 centrífugas no sítio de enriquecimento de Fordow, situado dentro de uma montanha. Em breve, ele pode dobrar o número de centrífugas em operação para quase 1.400, de acordo com um relatório confidencial da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) obtido pela Reuters.

Teerã produziu cerca de 233 quilos de urânio altamente enriquecido desde 2010, um aumento de 43 quilos desde agosto deste ano, de acordo com um relatório divulgado em Viena.

Isso seria o necessário para uma bomba, dizem especialistas em segurança. Mas os iranianos usaram 96 quilos de urânio refinado a 20 por cento de pureza físsil para conversão em combustível para seu reator de pesquisa médica em Teerã, informou o relatório.

Essas conversões dificultam processar o material para 90 por cento, o grau necessário para uma bomba, e pode ser uma medida tomada por Teerã, em parte, para combater as suspeitas ocidentais de que desenvolve um programa secreto para fabricar bombas atômicas.


O relatório da AIEA, no entanto, também disse que "atividades extensas" no complexo militar de Parchin, alusão às tentativas iranianas de remover evidências, minariam seriamente uma investigação da agência sobre as indicações de que foram conduzidas ali pesquisas relevantes para o desenvolvimento de um explosivo nuclear.

A AIEA apresentou seu mais recente relatório trimestral sobre o Irã 10 dias depois de a reeleição do presidente norte-americano, Barack Obama, aumentar as esperanças de uma retomada da diplomacia nuclear com o Irã depois de especulações de que Israel pudesse bombardear instalações nucleares iranianas.

Teerã nega as acusações norte-americanas e israelenses de que esteja buscando a capacidade de construir armas nucleares. O governo afirma que o programa está totalmente voltado para a energia pacífica. No entanto, inspetores da ONU suspeitam da existência de atividade nuclear associada a fins militares, no passado e, possivelmente, no presente.

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