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Irã e potências mundiais parecem se aproximar de acordo

Segundo diplomatas, um importante obstáculo para o acordo já pode ter sido ser superado

Chanceler do Irã, Javad Zarif, sorri durante coletiva de imprensa após negociações sobre assuntos nucleares na sede da ONU em Genebra (Denis Balibouse/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 19h48.

Genebra - O Irã e seis potências mundiais parecem ter se aproximado na sexta-feira de um acordo preliminar para restringir o programa nuclear iraniano em troca de um alívio das sanções ao país. Segundo diplomatas, um importante obstáculo já pode ter sido ser superado.

O acordo proposto em Genebra, segundo essas fontes, trata da insistência do Irã para que comunidade internacional reconheça seu direito de enriquecer urânio. Isso abriria caminho para intensas negociações iniciadas na quarta-feira em Genebra.

Em outro sinal de que as partes podem estar se aproximando de um acordo, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, viajará para Genebra para participar das negociações, confirmou o Departamento de Estado.

O chanceler francês, Laurent Fabius, manifestou a expectativa de que um acordo seja feito, dizendo a jornalistas em Paris que estava em contato com os negociadores em Genebra. A França assumiu uma posição mais dura do que outras potências ocidentais, e repetidamente pediu às outras cinco potências envolvidas nas negociações para que não façam excessivas concessões a Teerã.

"Enquanto não houver acordo, não há acordo. Vocês sabem a nossa posição (...), é uma posição baseada na firmeza, mas ao mesmo tempo uma posição de esperança de que possamos alcançar um acordo", disse Fabius.

Os Estados Unidos e outras potências ocidentais dizem que não existe algo como um direito a enriquecer material - um processo que pode resultar em combustível para usinas nucleares civis, mas também em matéria-prima para bombas -, mas o Irã vê isso como uma questão de soberania nacional, crucial para qualquer acordo que resolva uma década de impasse sobre as suas intenções nucleares.

A República Islâmica também quer um alívio das sanções econômicas em troca de quaisquer concessões nucleares que possam abrandar as suspeitas ocidentais de que o país estaria tentando desenvolver armas atômicas. Teerã insiste no caráter pacífico das suas atividades.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, chegou na sexta-feira à noite a Genebra e se reuniu com o chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif, e com a chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton, que está coordenando as negociações com o Irã em nome das seis potências, segundo uma porta-voz russa.

Diplomatas disseram que os novos termos do acordo em discussão não reconhecem explicitamente o direito de qualquer país à produção de combustível atômico.

"Se você falar no direito a um programa nuclear pacífico, isso está aberto a interpretação", disse um diplomata à Reuters, sem entrar em detalhes.

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Genebra - O Irã e seis potências mundiais parecem ter se aproximado na sexta-feira de um acordo preliminar para restringir o programa nuclear iraniano em troca de um alívio das sanções ao país. Segundo diplomatas, um importante obstáculo já pode ter sido ser superado.

O acordo proposto em Genebra, segundo essas fontes, trata da insistência do Irã para que comunidade internacional reconheça seu direito de enriquecer urânio. Isso abriria caminho para intensas negociações iniciadas na quarta-feira em Genebra.

Em outro sinal de que as partes podem estar se aproximando de um acordo, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, viajará para Genebra para participar das negociações, confirmou o Departamento de Estado.

O chanceler francês, Laurent Fabius, manifestou a expectativa de que um acordo seja feito, dizendo a jornalistas em Paris que estava em contato com os negociadores em Genebra. A França assumiu uma posição mais dura do que outras potências ocidentais, e repetidamente pediu às outras cinco potências envolvidas nas negociações para que não façam excessivas concessões a Teerã.

"Enquanto não houver acordo, não há acordo. Vocês sabem a nossa posição (...), é uma posição baseada na firmeza, mas ao mesmo tempo uma posição de esperança de que possamos alcançar um acordo", disse Fabius.

Os Estados Unidos e outras potências ocidentais dizem que não existe algo como um direito a enriquecer material - um processo que pode resultar em combustível para usinas nucleares civis, mas também em matéria-prima para bombas -, mas o Irã vê isso como uma questão de soberania nacional, crucial para qualquer acordo que resolva uma década de impasse sobre as suas intenções nucleares.

A República Islâmica também quer um alívio das sanções econômicas em troca de quaisquer concessões nucleares que possam abrandar as suspeitas ocidentais de que o país estaria tentando desenvolver armas atômicas. Teerã insiste no caráter pacífico das suas atividades.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, chegou na sexta-feira à noite a Genebra e se reuniu com o chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif, e com a chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton, que está coordenando as negociações com o Irã em nome das seis potências, segundo uma porta-voz russa.

Diplomatas disseram que os novos termos do acordo em discussão não reconhecem explicitamente o direito de qualquer país à produção de combustível atômico.

"Se você falar no direito a um programa nuclear pacífico, isso está aberto a interpretação", disse um diplomata à Reuters, sem entrar em detalhes.

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