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Irã e potências buscam aproximação em rodada de negociações

Potências querem que o Irã recue em sua atividade de enriquecimento de urânio para impedir que tenha capacidade de rapidamente produzir uma bomba atômica


	Central nuclear iraniana: ambos os lados alegam o desejo de começar em maio o esboço de um acordo completo, em torno de dois meses antes do prazo de 20 de julho para a finalização
 (Majid Asgaripour/AFP)

Central nuclear iraniana: ambos os lados alegam o desejo de começar em maio o esboço de um acordo completo, em torno de dois meses antes do prazo de 20 de julho para a finalização (Majid Asgaripour/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 10h50.

Viena - O Irã e seis potências mundiais começaram uma nova rodada de negociações nesta terça-feira com o objetivo de resolver a disputa sobre o programa nuclear até o fim de julho, apesar das amplas discordâncias sobre como atingir tal meta.

As potências querem que o Irã recue em sua atividade de enriquecimento de urânio para impedir que tenha capacidade de rapidamente produzir uma bomba atômica, caso decida tomar tal atitude. O Irã diz que seu programa nuclear é inteiramente pacífico e quer que os outro países suspendam sanções em vigor.

Os negociadores-chefe do Irã, Estados Unidos, França, Alemanha, Grã-Bretanha, China e Rússia começaram em torno das 9h45 no horário local uma reunião de dois dias no complexo da ONU em Viena, onde foram realizadas duas outras reuniões do tipo desde fevereiro.

"Estamos engajados em negociações muito detalhadas e substanciais e estamos tentando o máximo que podemos para avançar no processo", disse aos jornalistas o porta-voz para a chefe de Relações Internacionais da União Europeia, Catherine Ashton, que coordena os debates em nome das seis potências.

Ambos os lados alegam o desejo de começar em maio o esboço de um acordo completo, em torno de dois meses antes do prazo de 20 de julho para a finalização do acordo. Representantes do Ocidente afirmam, no entanto, que as partes ainda estão distantes em pontos-chave.

"O que mais importa para nós é que haja um bom acordo. Claramente queremos progredir o mais rápido possível, mas o que importa mais é a qualidade do acordo", disse o porta-voz de Ashton, Michael Mann.

"Tem que ser um bom acordo, com o qual todos fiquem satisfeitos. Então vamos trabalhar o mais duro que podemos para atingir isso." A sessão de abertura desta terça-feira foi presidida por Ashton e pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, mas depois prosseguiu comandado por representantes.

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