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Irã detém acadêmico britânico-iraniano, diz grupo de direitos humanos

Professor de ciência da computação em Londres, Abbas Edalat foi detido em meados de abril, pagou fiança, mas não foi libertado, segundo ativistas de NY

Irâ: há conhecimento de ao menos outros três cidadãos de dupla cidadania britânica-iraniana presos na República Islâmica (Morteza Nikoubazl/File Photo/Reuters)
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Reuters

Publicado em 25 de abril de 2018 às 21h50.

Um acadêmico britânico-iraniano foi detido no Irã pela Guarda Revolucionária do país em meados de abril, relatou nesta quarta-feira o Centro para Direitos Humanos no Irã (CHRI), sediado em Nova York.

O gabinete de Relações Exteriores do Reino Unido informou estar buscando urgentemente informações do Irã sobre a suposta prisão de Abbas Edalat, um cidadão britânico-iraniano que é professor de ciência da computação na Imperial College, em Londres.

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O CHRI informou que Edalat havia viajado de sua casa em Londres para o Irã em uma data desconhecida por questões acadêmicas. Citando uma fonte não identificada, o centro informou que a Guarda confiscou um computador, CDs e notebooks de Edalat quando ele foi preso.

Um comunicado do CHRI informou que a família de Edalat pagou fiança para ele em 21 de abril, mas o Tribunal Revolucionário em Teerã não o libertou, citando problemas com documentação.

O CHRI não especificou quais acusações podem ter sido apresentadas contra Edalat. O judiciário iraniano não pôde ser contatado para comentários.

Há conhecimento de ao menos outros três cidadãos de dupla cidadania britânica-iraniana presos na República Islâmica.

"As contínuas prisões arbitrárias do Irã de pessoas com dupla cidadania sem transparência e a negação de processo devido é extremamente preocupante", disse o diretor-executivo do CHRI, Hadi Ghaemi, no comunicado.

Edalat é um fundador da Campanha Contra Sanções e Intervenção Militar no Irã, um grupo sediado nos EUA que se opõe à intervenção estrangeira na República Islâmica, de acordo com o CHRI.

A Guarda Revolucionária prendeu ao menos 30 pessoas com dupla cidadania desde 2015, a maioria por suposta espionagem, relatou a Reuters em novembro.

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