Investigação não consegue relacionar laços sauditas com 11/9
Investigação encontrou muitas suspeitas, mas não conseguiu provar nenhum laço com Arábia Saudita
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2016 às 18h26.
A investigação dos Estados Unidos sobre a ligação entre o governo da Arábia Saudita e os ataques de 11/9 , encontrou muitas suspeitas, mas não conseguiu provar nenhum laço, segundo documentos divulgados nesta sexta-feira.
Parte do relatório do Congresso que foram mantidos em sigilo por mais de uma década, mostraram que a inteligência americana acredita que oficiais sauditas poderiam ter múltiplos contatos com alguns dos sequestradores de 11/9.
Quinze dos 19 sequestradores eram cidadãos sauditas.
Os achados, entretanto, não mostram envolvimento saudita com a arma do crime, mas uma inabilidade em "identificar definitivamente" ligações da Arábia Saudita com os ataques em solo americano e de terror global.
"Enquanto nos Estados Unidos, alguns dos sequestradores de 11/9 estiveram em contato com, e receberam suporte de ou assistência para, indivíduos poderiam estar ligados com o governo saudita", disse o documento divulgado.
Um indivíduo na costa leste dos EUA, que acreditava-se ser do Ministério do Interior saudita, levantou suspeitas quando simulou um ataque epilético durante um interrogatório do FBI sobre sua ligação com os sequestradores.
Ele foi liberado do hospital e conseguiu fugir do país antes que pudesse ser interrogado novamente.
A inteligência americana também trouxe à tona sugestões de que o meio-irmão de Osama bin Laden teria trabalhado na embaixada da Arábia Saudita em Washington, e foi associado como amigo do egípcio líder do sequestro, Mohammed Atta.
Na Califórnia, houve a suspeita de que uma operação de inteligência saudita estivesse providenciando "assistência substancial" a dois outros sequestradores.
A lista telefônica de um agente da al-Qaeda capturado no Paquistão apontava para contatos americanos, notavelmente uma companhia que era propriedade do embaixador saudita, no Colorado.
"Inaceitáveis" lacunas na inteligência
Depois de um ano inteiro de investigação no Congresso, foi expressada também a irritação sobre as lacunas na inteligência dos EUA a respeito das possíveis relações da Arábia Saudita com o terrorismo, julgado como "inaceitável" dada a "magnitude e a urgência do risco potencial para a segurança nacional dos EUA".
O ex-presidente George W. Bush havia ordenado que parte do relatório fosse sigilosa.
A administração de Bush tinha citado a necessidade de proteger os métodos e as identidades das fontes da inteligência americana.
Mas havia também uma preocupação que o relatório pudesse prejudicar as relações com um importante aliado do Oriente Médio e exportador de petróleo.
O presidente Barack Obama decidiu divulgar o chamado "28 páginas".
As revelações feitas estão sujeitas a uma nova ronda de manuscritos sobre os laços estreitos de Washington com o Riad e o papel da Arábia Saudita na promoção do extremismo violento.
O embaixador saudita para os Estados Unidos, Abdullah al-Saud, saudou a divulgação do relatório.
Ele disse que "confirmou que nem o governo saudita, nem os oficiais sauditas, nem nenhuma pessoa atuou em nome do governo saudita providenciando qualquer suporte ou encorajamento naqueles ataques".
A investigação dos Estados Unidos sobre a ligação entre o governo da Arábia Saudita e os ataques de 11/9 , encontrou muitas suspeitas, mas não conseguiu provar nenhum laço, segundo documentos divulgados nesta sexta-feira.
Parte do relatório do Congresso que foram mantidos em sigilo por mais de uma década, mostraram que a inteligência americana acredita que oficiais sauditas poderiam ter múltiplos contatos com alguns dos sequestradores de 11/9.
Quinze dos 19 sequestradores eram cidadãos sauditas.
Os achados, entretanto, não mostram envolvimento saudita com a arma do crime, mas uma inabilidade em "identificar definitivamente" ligações da Arábia Saudita com os ataques em solo americano e de terror global.
"Enquanto nos Estados Unidos, alguns dos sequestradores de 11/9 estiveram em contato com, e receberam suporte de ou assistência para, indivíduos poderiam estar ligados com o governo saudita", disse o documento divulgado.
Um indivíduo na costa leste dos EUA, que acreditava-se ser do Ministério do Interior saudita, levantou suspeitas quando simulou um ataque epilético durante um interrogatório do FBI sobre sua ligação com os sequestradores.
Ele foi liberado do hospital e conseguiu fugir do país antes que pudesse ser interrogado novamente.
A inteligência americana também trouxe à tona sugestões de que o meio-irmão de Osama bin Laden teria trabalhado na embaixada da Arábia Saudita em Washington, e foi associado como amigo do egípcio líder do sequestro, Mohammed Atta.
Na Califórnia, houve a suspeita de que uma operação de inteligência saudita estivesse providenciando "assistência substancial" a dois outros sequestradores.
A lista telefônica de um agente da al-Qaeda capturado no Paquistão apontava para contatos americanos, notavelmente uma companhia que era propriedade do embaixador saudita, no Colorado.
"Inaceitáveis" lacunas na inteligência
Depois de um ano inteiro de investigação no Congresso, foi expressada também a irritação sobre as lacunas na inteligência dos EUA a respeito das possíveis relações da Arábia Saudita com o terrorismo, julgado como "inaceitável" dada a "magnitude e a urgência do risco potencial para a segurança nacional dos EUA".
O ex-presidente George W. Bush havia ordenado que parte do relatório fosse sigilosa.
A administração de Bush tinha citado a necessidade de proteger os métodos e as identidades das fontes da inteligência americana.
Mas havia também uma preocupação que o relatório pudesse prejudicar as relações com um importante aliado do Oriente Médio e exportador de petróleo.
O presidente Barack Obama decidiu divulgar o chamado "28 páginas".
As revelações feitas estão sujeitas a uma nova ronda de manuscritos sobre os laços estreitos de Washington com o Riad e o papel da Arábia Saudita na promoção do extremismo violento.
O embaixador saudita para os Estados Unidos, Abdullah al-Saud, saudou a divulgação do relatório.
Ele disse que "confirmou que nem o governo saudita, nem os oficiais sauditas, nem nenhuma pessoa atuou em nome do governo saudita providenciando qualquer suporte ou encorajamento naqueles ataques".