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Inflação em alta leva Rússia a aumentar taxas sobre depósitos

Banco Central do país pediu atenção para a questão após o aumento de 0,25% na taxa

Rússia: primeira medida de contenção desde o início da crise financeira internacional (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2010 às 15h13.

Moscou - O banco central da Rússia elevou nesta sexta-feira as taxas de juros sobre as operações de depósito para conter a inflação em alta, em sua primeira medida que se distancia da política de afrouxamento monetário implementada depois que a crise financeira internacional atingiu a economia russa.

O banco aumentou suas taxas sobre depósitos em 25 pontos base, mas não mexeu no custo das operações de empréstimos --incluindo a taxa referencial de refinanciamento.

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Analistas dizem que um aperto maior deve provavelmente ocorrer no início de 2011, considerando o crescente foco do banco central no controle de preços e o otimismo relativo em relação à força da economia.

"Os riscos de inflação, determinado por condições monetárias, permanecem moderados, mas merecem maior atenção das autoridades", afirmou o banco central em um comunicado, acrescentando que a recuperação econômica continua em andamento.

"A mudança... não vai conduzir a um aumento significativo no custo dos recursos para o tomador final de empréstimos."

A taxa sobre os depósitos overnight será elevada de 2,50 para 2,75 por cento a partir de segunda-feira. A taxa de refinanciamento permanece em sua baixa recorde, de 7,75 por cento.

A maioria dos analistas não esperava mudanças nesta sexta-feira.

"Acho que vão começar a aumentar outras taxas a partir do fim de janeiro. A alta será gradual, na faixa de 25 pontos básicos por mês, com um potencial de chegar a 75-100 pontos até o fim do primeiro semestre", disse Maria Pomelnikova, da Trust, que prevê que a inflação ficará em 9 por cento em meados de 2011.

O banco havia elevado as taxas pela última vez no fim de 2008, em um esforço para proteger o rublo e deter a fuga de capitais, mas posteriormente cortou-as de novo, quando a economia se contraiu fortemente.

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