Índios recolhem acampamento na frente do palácio presidencial na Bolívia
Eles protestavam contra construção de estrada que atravessaria reserva amazônica
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2011 às 21h06.
La Paz - Os índios bolivianos que protestavam contra a construção de uma estrada que atravessaria uma reserva e conseguiram dissuadir o presidente Evo Morales da obra retiraram nesta terça-feira o acampamento montado em frente ao Palácio Presidencial para retornar a suas comunidades.
Depois de uma vigia de uma semana no local, aonde chegaram na quinta-feira depois da marcha de 66 dias, os nativos abandonaram a praça Murillo, onde fica o palácio. O representante indígena Pedro Nuni informou sobre a retirada e agradeceu pelo recebimento, hospitalidade e solidariedade durante sua permanência na cidade.
Morales insistiu nos últimos meses em levar adiante a construção da estrada - financiada pelo Brasil - que cortaria o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), mas finalmente cedeu e promulgou a lei exigida pelos indígenas para vetar a obra.
Os nativos do Tipnis acusaram o líder de promover o projeto viário para que os produtores de coca (cocaleiros) de seu eleitorado político de Chapare, vizinho à reserva, ampliassem suas plantações. A marcha pressionou o presidente ao ser recebida de maneira triunfal por milhares de bolivianos, depois de superar bloqueios de partidários e repressão policial.
Nesta terça-feira, os parlamentares que representam as etnias no Congresso ratificaram seu desejo de romper com o partido governista Movimento para o Socialismo (MAS), mas antes analisarão o assunto em reunião com o presidente e os líderes das organizações indígenas, explicou à Agência Efe a deputada Blanca Cartagena.
"Somos sete deputados, mas há outros que desejam se juntar a esta causa porque já não querem continuar com a imposição que se dá na Assembleia Legislativa", disse Cartagena, acrescentando que a reunião, ainda sem data definida, foi solicitada pelo líder.
Setores favoráveis a Morales, sobretudo "cocaleiros" e camponeses da região central de Cochabamba, anunciaram manifestações para que a estrada seja construída no Tipnis, sob o argumento de que ela levará o desenvolvimento às comunidades que habitam a reserva.
O ministro da Presidência, Carlos Romero, disse que o contrato com a construtora brasileira OAS "se mantém" e "tem validade jurídica", mas "será preciso estabelecer possíveis modificações" a esse documento em função da lei promulgada por Morales para proteger a reserva.
La Paz - Os índios bolivianos que protestavam contra a construção de uma estrada que atravessaria uma reserva e conseguiram dissuadir o presidente Evo Morales da obra retiraram nesta terça-feira o acampamento montado em frente ao Palácio Presidencial para retornar a suas comunidades.
Depois de uma vigia de uma semana no local, aonde chegaram na quinta-feira depois da marcha de 66 dias, os nativos abandonaram a praça Murillo, onde fica o palácio. O representante indígena Pedro Nuni informou sobre a retirada e agradeceu pelo recebimento, hospitalidade e solidariedade durante sua permanência na cidade.
Morales insistiu nos últimos meses em levar adiante a construção da estrada - financiada pelo Brasil - que cortaria o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), mas finalmente cedeu e promulgou a lei exigida pelos indígenas para vetar a obra.
Os nativos do Tipnis acusaram o líder de promover o projeto viário para que os produtores de coca (cocaleiros) de seu eleitorado político de Chapare, vizinho à reserva, ampliassem suas plantações. A marcha pressionou o presidente ao ser recebida de maneira triunfal por milhares de bolivianos, depois de superar bloqueios de partidários e repressão policial.
Nesta terça-feira, os parlamentares que representam as etnias no Congresso ratificaram seu desejo de romper com o partido governista Movimento para o Socialismo (MAS), mas antes analisarão o assunto em reunião com o presidente e os líderes das organizações indígenas, explicou à Agência Efe a deputada Blanca Cartagena.
"Somos sete deputados, mas há outros que desejam se juntar a esta causa porque já não querem continuar com a imposição que se dá na Assembleia Legislativa", disse Cartagena, acrescentando que a reunião, ainda sem data definida, foi solicitada pelo líder.
Setores favoráveis a Morales, sobretudo "cocaleiros" e camponeses da região central de Cochabamba, anunciaram manifestações para que a estrada seja construída no Tipnis, sob o argumento de que ela levará o desenvolvimento às comunidades que habitam a reserva.
O ministro da Presidência, Carlos Romero, disse que o contrato com a construtora brasileira OAS "se mantém" e "tem validade jurídica", mas "será preciso estabelecer possíveis modificações" a esse documento em função da lei promulgada por Morales para proteger a reserva.