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Independência no Sudão é ruim emocional e financeiramente, diz Ban

Para o secretário-geral da ONU, futuro dos dois países continuará vinculado

Ban Ki-moon: "país viável no sul do Sudão requer um Estado viável no norte" (Spencer Platt/Getty Images)

Ban Ki-moon: "país viável no sul do Sudão requer um Estado viável no norte" (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 17h47.

Cartum, Sudão - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta sexta-feira em Cartum que a separação do sul do Sudão do resto do país, com a proclamação da independência da região meridional nesta sexta-feira, "é dolorosa emocional e financeiramente".

Ban fez essas declarações em entrevista coletiva conjunta com o ministro das Relações Exteriores sudanês, Ali Karti, antes de partir em direção a Juba para participar nesta sexta-feira nos atos pela independência do novo Estado do Sudão do Sul.

A autoridade máxima da ONU disse ter pedido ao Governo de Cartum que permita aos capacetes azuis da missão da ONU no Sudão (UNMIS), cujo mandato expira nesta sexta-feira, permanecer nas áreas conflituosas de Kordofan do Sul e na província do Nilo Azul por "razões técnicas práticas".

"Nós não enfrentaremos nenhuma brecha em matéria de segurança nesta etapa delicada", afirmou Ban.

Ele destacou que, a partir de agora, "os povos do norte e do sul do Sudão viverão em dois Estados diferentes, mas seu futuro permanecerá vinculado em alto grau", por isso, as duas partes devem enfrentar o futuro como parceiros, e não como inimigos.

"Um país viável no sul do Sudão requer de um Estado viável no norte", indicou.

Karti, por sua vez, ressaltou que a visita de Ban adquire uma importância especial em um momento vital na história do Sudão. Ele explicou que Ban lhe manifestou o apoio da ONU ao Sudão em todos os assuntos.

A UNMIS tem desdobrados 10 mil capacetes azuis no Sudão do Sul, cuja missão concluirá neste sábado com o anúncio da independência.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta sexta-feira por unanimidade a criação de uma nova missão de paz no Sudão do Sul (UNMISS), que será dotada com 7 mil soldados e com a qual se espera contribuir à paz e à segurança do novo país.

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