Imperador japonês lamenta guerra com EUA em ilha do Pacífico
Cerca de 10.000 japoneses morreram nos combates em nome do pai de Akihito, há cerca de 70 anos
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2015 às 10h27.
Tóquio - O imperador japonês, Akihito, e a imperatriz Michiko lembraram o 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial com flores e orações nesta quinta-feira em um memorial para os que morreram em violentos combates na ilha de Peleliu, no Pacífico.
Cerca de 10.000 japoneses morreram nos combates em nome do pai de Akihito, o imperador Hiroíto, bem como cerca de 1.600 soldados norte-americanos durante uma batalha de dois meses em 1944 na pequena ilha de Peleliu, em Palau, uma ilha-nação no Pacífico ocidental.
Desconhecendo que o Japão havia se rendido em 15 de agosto de 1945, 34 soldados japoneses se esconderam na selva até abril de 1947.
Com o oceano azul cintilante ao fundo, Akihito, vestindo uma camisa branca aberta no pescoço, e Michiko, com um terninho marfim com lapela cinza, curvaram-se antes de colocar buquês de crisântemos brancos em um memorial erguido pelo governo do Japão para aqueles que morreram na região durante a guerra.
Após a cerimônia, mostrada ao vivo pela emissora pública japonesa NHK, eles conversaram com veteranos e parentes de quem morreu na luta.
Mais tarde, o casal imperial ofereceu uma coroa de flores e fez orações silenciosas em um memorial para os soldados norte-americanos mortos na ilha.
"Durante a Segunda Guerra Mundial... batalhas ferozes entre os Estados Unidos e o Japão tiveram lugar nesta região, incluindo a atual República de Palau, resultando na perda de inúmeras vidas", disse Akihito em um banquete na quarta-feira.
"Estamos aqui em Palau para lamentar e prestar homenagem a todos aqueles que perderam a vida na Segunda Guerra Mundial e refletir sobre as dificuldades sofridas pelas famílias enlutadas."
Akihito, de 81 anos, pediu muitas vezes que o Japão não esqueça o sofrimento da guerra, em novos comentários que têm atraído a atenção num momento em que o primeiro-ministro Shinzo Abe parece estar adotando um tom menos lamentoso sobre o passado do Japão.
Akihito também tem procurado ajudar na reconciliação com antigos inimigos.
Em 1992, ele se tornou o primeiro monarca reinante japonês a visitar a China, onde as memórias do tempo de guerra ainda provocam revolta.
Há muitos anos Akihito tinha vontade de visitar Peleliu, mas não pôde fazer isso por causa de obstáculos para viajar para lá. Por isso, o 60º aniversário do fim da guerra foi marcado com uma viagem ao território norte-americano de Saipan, local de uma batalha sangrenta em 1944.
Kiyokazu Tsuchida, de 95 anos, um dos 34 sobreviventes que se esconderam na selva, ficou comovido com a visita real.
"Acho que os meus 10.000 camaradas teriam o maior prazer", disse Tsuchida, que participou da cerimônia em memória aos mortos.
O casal imperial viajou na quarta-feira em um navio de patrulha da Guarda Costeira japonesa e voou para Peleliu por helicóptero. Eles devem retornar ao Japão nesta quinta-feira.
Tóquio - O imperador japonês, Akihito, e a imperatriz Michiko lembraram o 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial com flores e orações nesta quinta-feira em um memorial para os que morreram em violentos combates na ilha de Peleliu, no Pacífico.
Cerca de 10.000 japoneses morreram nos combates em nome do pai de Akihito, o imperador Hiroíto, bem como cerca de 1.600 soldados norte-americanos durante uma batalha de dois meses em 1944 na pequena ilha de Peleliu, em Palau, uma ilha-nação no Pacífico ocidental.
Desconhecendo que o Japão havia se rendido em 15 de agosto de 1945, 34 soldados japoneses se esconderam na selva até abril de 1947.
Com o oceano azul cintilante ao fundo, Akihito, vestindo uma camisa branca aberta no pescoço, e Michiko, com um terninho marfim com lapela cinza, curvaram-se antes de colocar buquês de crisântemos brancos em um memorial erguido pelo governo do Japão para aqueles que morreram na região durante a guerra.
Após a cerimônia, mostrada ao vivo pela emissora pública japonesa NHK, eles conversaram com veteranos e parentes de quem morreu na luta.
Mais tarde, o casal imperial ofereceu uma coroa de flores e fez orações silenciosas em um memorial para os soldados norte-americanos mortos na ilha.
"Durante a Segunda Guerra Mundial... batalhas ferozes entre os Estados Unidos e o Japão tiveram lugar nesta região, incluindo a atual República de Palau, resultando na perda de inúmeras vidas", disse Akihito em um banquete na quarta-feira.
"Estamos aqui em Palau para lamentar e prestar homenagem a todos aqueles que perderam a vida na Segunda Guerra Mundial e refletir sobre as dificuldades sofridas pelas famílias enlutadas."
Akihito, de 81 anos, pediu muitas vezes que o Japão não esqueça o sofrimento da guerra, em novos comentários que têm atraído a atenção num momento em que o primeiro-ministro Shinzo Abe parece estar adotando um tom menos lamentoso sobre o passado do Japão.
Akihito também tem procurado ajudar na reconciliação com antigos inimigos.
Em 1992, ele se tornou o primeiro monarca reinante japonês a visitar a China, onde as memórias do tempo de guerra ainda provocam revolta.
Há muitos anos Akihito tinha vontade de visitar Peleliu, mas não pôde fazer isso por causa de obstáculos para viajar para lá. Por isso, o 60º aniversário do fim da guerra foi marcado com uma viagem ao território norte-americano de Saipan, local de uma batalha sangrenta em 1944.
Kiyokazu Tsuchida, de 95 anos, um dos 34 sobreviventes que se esconderam na selva, ficou comovido com a visita real.
"Acho que os meus 10.000 camaradas teriam o maior prazer", disse Tsuchida, que participou da cerimônia em memória aos mortos.
O casal imperial viajou na quarta-feira em um navio de patrulha da Guarda Costeira japonesa e voou para Peleliu por helicóptero. Eles devem retornar ao Japão nesta quinta-feira.