Imperador Akihito pede que japoneses sejam solidários e não desistam
O monarca está há 22 anos à frente do Trono do Crisântemo, que assumiu após o falecimento de seu pai, Hirohito, em 1989
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2011 às 06h29.
Tóquio - O imperador Akihito demonstrou nesta quarta-feira estar preocupado com a crise da usina nuclear de Fukushima e pediu solidariedade aos japoneses depois do terremoto da última sexta-feira, em sua primeira mensagem televisada à nação em seus 22 anos de reinado.
A alocução do imperador, de 77 anos, divulgada pela rede de televisão pública "NHK", mostra a gravidade da crise que vive o Japão, a pior desde o final da Segunda Guerra Mundial, segundo seu Governo.
O imperador confessou estar "profundamente preocupado" diante da complicada situação na usina nuclear de Fukushima, no nordeste do país, e manifestou seu desejo de que não piore.
Akihito disse ao povo japonês que reza pelo bem-estar do maior número possível de sobreviventes após a catástrofe de sexta-feira, que causou mais de 11.500 mortos ou desaparecidos, segundo números ainda provisórios.
"Um terremoto de 9 graus nunca tinha ocorrido no Japão. Não sabemos ainda o número de vítimas, mas rezo para que se salve o maior número possível", disse o ocupante do Trono do Crisântemo, a dinastia reinante mais antiga do mundo.
O imperador também incentivou o povo japonês a não se dar por vencido neste momento de crise, ao tempo que agradeceu pelas várias mostras de solidariedade chegadas de todo o mundo e exortou seus compatriotas a manterem a calma.
"Espero, sinceramente, que o povo possa superar este momento infeliz cuidando um dos outros", disse o monarca na mensagem que foi fornecida à televisão pela Casa Imperial japonesa.
Akihito está há 22 anos à frente do Trono do Crisântemo, que assumiu após o falecimento de seu pai, Hirohito, em 1989.