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HRW quer punição dos EUA a Israel por política de colonização

Relatório da Human Rights Watch mostra que colônias israelenses têm melhores serviços, como água ou energia, que as urbanizações palestinas na mesma zona

Para HRW, os EUA deveriam descontar da ajuda que fornece ao Estado de Israel o valor dos subsídios que Israel concede para continuar colonizando a Cisjordânia (Abbas Momani/AFP)

Para HRW, os EUA deveriam descontar da ajuda que fornece ao Estado de Israel o valor dos subsídios que Israel concede para continuar colonizando a Cisjordânia (Abbas Momani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2010 às 13h07.

Jerusalém - O governo dos Estados Unidos deveria descontar da ajuda que fornece ao Estado de Israel o valor dos subsídios que Israel concede para continuar colonizando a Cisjordânia, afirma a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW).

Um relatório da HRW publicado neste domingo mostra que as colônias israelenses têm melhores serviços, como a água ou energia elétrica, que as urbanizações palestinas da mesma zona.

"Os Estados Unidos, que concedem 2,75 bilhões de dólares de ajuda anual a Israel, teriam que suspender uma parte deste financiamento equivalente ao que o Estado israelense gasta para apoiar a colonização, um valor estimado em um estudio de 2003 em US$ 1,4 bilhão", afirma a HRW.

Os palestinos consideram que a presença de 500.000 israelenses em mais de 120 colônias na Cisjordânia e Jerusalém Oriental impedem a criação de um Estado palestino viável nos territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967.

O fim da moratória sobre a construção de novas casas para colonos na Cisjordânia colocou em risco as negociações diretas de paz israelense-palestinas retomadas em 2 de setembro, depois de uma interrupção de 20 meses.

A moratória de 10 meses, anunciada em 25 de novembro de 2009 pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, se limitava aos assentamentos da Cisjordânia, excluindo Jerusalém Oriental e milhares de obras iniciadas anteriormente, assim como edifícios públicos (escolas ou sinagogas).

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