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Hospitais atenderam 260 feridos pelo terremoto na Espanha

Do total, três - uma criança e duas mulheres - estavam em estado muito grave e estão internados

Os dois terremotos levaram pânico à população que preferiu ir para as ruas diante do temor de novas réplicas
 (AFP  Jorge Guerrero)

Os dois terremotos levaram pânico à população que preferiu ir para as ruas diante do temor de novas réplicas (AFP Jorge Guerrero)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 08h23.

Lorca (Espanha), 12 mai (EFE).- Ao menos 260 feridos, três deles muito graves, foram atendidos em consequência do terremoto de 5,1 graus na escala Richter que na quarta-feira causou oito mortos na cidade de Lorca, no sudeste da Espanha.

Os três feridos de maior gravidade, internados em um hospital da cidade vizinha de Múrcia, são uma criança e duas mulheres, uma delas com politraumatismo severo.

O terremoto atingiu Lorca duas horas após outro tremor de 4,4 graus, deixando, além dos mortos e feridos, importantes danos em casas e prédios históricos, que obrigaram milhares de pessoas a passar a noite nas ruas.

Tanto o tremor de 5,1 graus, que teve epicentro a sete quilômetros de Lorca e foi sentido em quase todo o território regional e em províncias limítrofes, como o anterior de 4,4 graus tiveram profundidade de 10 quilômetros.

Os dois terremotos levaram pânico à população que preferiu ir para as ruas diante do temor de novas réplicas.

Fontes da Prefeitura indicaram à Agência Efe que "praticamente todos "os aproximadamente 20 mil imóveis do centro urbano da cidade de 92 mil habitantes sofreram algum tipo de dano.

As nove áreas habilitadas acolheram em um primeiro momento 8 mil pessoas, número que foi reduzindo ao longo da noite, na medida em que muitas delas encontraram abrigo em casas de familiares, revelaram as fontes municipais.

As equipes de emergências não contabilizaram mais nenhum óbito desde o último informe do final da noite de quarta-feira, por isso que o número de mortos está mantido em oito pessoas, sendo um adolescente de 14 anos e duas grávidas.

Todos os mortos em Lorca, uma cidade onde vivem 18 mil estrangeiros e que fica em uma zona agrícola, setor em que trabalha 20% da população, são espanhóis.

Os feridos foram atendidos pelas unidades de emergências nos hospitais de campanha habilitados em Lorca e os 30 mais graves transferidos para hospitais da região.

Nos trabalhos de busca, resgate e ajuda à população atingida trabalham ao menos 420 militares, assim como mais de 200 voluntários de Defesa Civil e dezenas de bombeiros.

A Unidade Militar de Emergências instalou três grandes acampamentos para atender os desabrigados. O tremor é o mais grave dos últimos 50 anos na Espanha e o primeiro com mortos desde que em 1969, quando quatro pessoas morreram de ataques cardíacos.

No entorno de Lorca serão registrados nos próximos dois meses pequenas réplicas, disse o diretor da Unidade de Registros Sísmicos da Universidade de Alicante, José Juan Giner.

O primeiro vice-presidente do Governo espanhol e ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba; a titular da Defesa, Carme Chacón, e Mariano Rajoy, líder do conservador Partido Popular (PP), o principal da oposição na Espanha, viajaram nesta quinta-feira à cidade.

Os principais partidos políticos suspenderam os atos eleitorais na Espanha, imersa na campanha eleitoral para o pleito regional e municipal de 22 de maio.

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