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Hong Kong tem autonomia sobre extradição, diz imprensa

Imprensa chinesa afirma que Hong Kong tem autonomia para decidir sobre extradição do ex-consultor de inteligência dos Estados Unidos Edward Snowden


	Uma mulher caminha ao lado de um banner de apoio a Edward Snowden, em Hong Kong: território tem oportunidade de "demonstrar ao mundo inteiro que é uma sociedade livre", afirma imprensa local
 (Philippe Lopez/AFP)

Uma mulher caminha ao lado de um banner de apoio a Edward Snowden, em Hong Kong: território tem oportunidade de "demonstrar ao mundo inteiro que é uma sociedade livre", afirma imprensa local (Philippe Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 12h27.

Pequim - A imprensa chinesa afirma nesta quarta-feira que Hong Kong tem autonomia política e judicial suficiente para decidir se extradita aos Estados Unidos o ex-consultor de inteligência Edward Snowden, que se refugiou no território depois de ter revelado a existência de um programa de vigilância na internet.

A ex-colônia britânica, que Londres devolveu a China comunista em 1997 e que tem um estatuto de zona administrativa especial, tem a oportunidade de "demonstrar ao mundo inteiro que é uma sociedade livre", afirma o editorial do jornal The Global Times.

"As coisas seriam muito mais fáceis se Hong Kong assumisse um papel de líder na solução deste caso, ao invés de deixar-se influenciar a distância por Pequim ou Washington", afirma o jornal, que recomenda às autoridades de Hong Kong que "sigam suas próprias leis e processos ao ouvir sua opinião pública".

O texto pode refletir a posição do governo chinês de não interferir no caso. Apesar de Hong Kong ter uma autonomia relativa, permanece sob tutela do poder central de Pequim.

O governo dos Estados Unidos abriu uma investigação contra Edward Snowden, ex-consultor de inteligência de uma consultoria que prestava serviços para a Agência de Segurança Nacional (NSA), depois que ele divulgou documentos secretos sobre um programa americano de espionagem na internet.

Hong Kong, onde Snowden está refugiado desde 20 de maio, e Estados Unidos têm um tratado de extradição, mas Pequim tem o direito de impor veto.

Até o momento, as autoridades americanas não fizeram uma demanda de extradição.

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