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Hong Kong se alinha à China com pacote de reforma política

A proposta do governo vem após grandes protestos pró-democracia no ano passado, que representaram um ousado desafio ao comando do Partido Comunista chinês

Chefe executivo de Hong Kong Leung Chun-ying: “a partir de agora, não vemos espaço para nenhum compromisso” (Bobby Yip/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2015 às 09h27.

Hong Kong - O governo de Hong Kong publicou nesta quarta-feira um esperado plano de ação eleitoral para selecionar o próximo líder da cidade, um projeto que cede ao desejo da China por eleições controladas, frustrando ativistas e levantando a possibilidade de novos protestos .

A proposta do governo vem após grandes protestos pró-democracia no ano passado, que representaram um dos mais ousados desafios ao comando do Partido Comunista chinês desde que a ex-colônia britânica retornou para controle de Pequim, em 1997.

Analistas dizem que o plano de ação conservador, que será votado por parlamentares neste ano, pode novamente motivar as tensões políticas no centro financeiro após uma calmaria nos últimos meses.

Mais de uma centena de manifestantes pró-democracia denunciaram o plano fora da assembleia legislativa, rejeitando pedidos feitos pelo líder de Hong Kong, Leung Chun-ying, para aceitar o projeto como o melhor modelo possível para o sufrágio universal concedido por Pequim.

“A partir de agora, não vemos espaço para nenhum compromisso”, disse Leung a repórteres.

“Iniciar qualquer processo de reforma política não é fácil. Se esta proposta for vetada, podem se passar diversos anos antes da próxima oportunidade.”

Dezenas de milhares de manifestantes pró-democracia bloquearam as principais vias de quatro grandes distritos de Hong Kong no ano passado, exigindo que Pequim concedesse uma votação verdadeiramente democrática e que abrisse a possibilidade de livre nomeação para a escolha do próximo chefe executivo da cidade, em 2017.

No entanto, essas reivindicações foram ignoradas, e a polícia desmantelou o último dos acampamentos da chamada “Revolução dos Guarda-Chuvas” em meados de dezembro.

O plano de ação, que entre outros tópicos propõe que o povo vote em dois ou três candidatos pré-selecionados por um comitê de 1.200 membros aliados a Pequim, foi primeiramente traçado pelo parlamento chinês, o Congresso Nacional do Povo, no fim de agosto.

O governo de Hong Kong manteve essa proposta, e disse desconsiderar as sugestões que não cumprirem com a mini- Constituição da cidade e com a decisão do parlamento chinês.

Legisladores democráticos, vestindo camisetas pretas com cruzes amarelas em sinal de oposição ao plano de “falso sufrágio universal”, deixaram a assembleia legislativa em protesto nesta quarta-feira.

Falando a repórteres, a maioria dos 27 legisladores de oposição da cidade disseram que votariam contra o pacote. A Casa tem 70 membros.

Embora Hong Kong seja parte da China, a cidade é governada como uma região especial administrativa, o que significa que tenha um sistema legal diferenciado e certas liberdades que não são concedidos na China continental.

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Hong Kong - O governo de Hong Kong publicou nesta quarta-feira um esperado plano de ação eleitoral para selecionar o próximo líder da cidade, um projeto que cede ao desejo da China por eleições controladas, frustrando ativistas e levantando a possibilidade de novos protestos .

A proposta do governo vem após grandes protestos pró-democracia no ano passado, que representaram um dos mais ousados desafios ao comando do Partido Comunista chinês desde que a ex-colônia britânica retornou para controle de Pequim, em 1997.

Analistas dizem que o plano de ação conservador, que será votado por parlamentares neste ano, pode novamente motivar as tensões políticas no centro financeiro após uma calmaria nos últimos meses.

Mais de uma centena de manifestantes pró-democracia denunciaram o plano fora da assembleia legislativa, rejeitando pedidos feitos pelo líder de Hong Kong, Leung Chun-ying, para aceitar o projeto como o melhor modelo possível para o sufrágio universal concedido por Pequim.

“A partir de agora, não vemos espaço para nenhum compromisso”, disse Leung a repórteres.

“Iniciar qualquer processo de reforma política não é fácil. Se esta proposta for vetada, podem se passar diversos anos antes da próxima oportunidade.”

Dezenas de milhares de manifestantes pró-democracia bloquearam as principais vias de quatro grandes distritos de Hong Kong no ano passado, exigindo que Pequim concedesse uma votação verdadeiramente democrática e que abrisse a possibilidade de livre nomeação para a escolha do próximo chefe executivo da cidade, em 2017.

No entanto, essas reivindicações foram ignoradas, e a polícia desmantelou o último dos acampamentos da chamada “Revolução dos Guarda-Chuvas” em meados de dezembro.

O plano de ação, que entre outros tópicos propõe que o povo vote em dois ou três candidatos pré-selecionados por um comitê de 1.200 membros aliados a Pequim, foi primeiramente traçado pelo parlamento chinês, o Congresso Nacional do Povo, no fim de agosto.

O governo de Hong Kong manteve essa proposta, e disse desconsiderar as sugestões que não cumprirem com a mini- Constituição da cidade e com a decisão do parlamento chinês.

Legisladores democráticos, vestindo camisetas pretas com cruzes amarelas em sinal de oposição ao plano de “falso sufrágio universal”, deixaram a assembleia legislativa em protesto nesta quarta-feira.

Falando a repórteres, a maioria dos 27 legisladores de oposição da cidade disseram que votariam contra o pacote. A Casa tem 70 membros.

Embora Hong Kong seja parte da China, a cidade é governada como uma região especial administrativa, o que significa que tenha um sistema legal diferenciado e certas liberdades que não são concedidos na China continental.

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