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Homens invadem prisão nas Filipinas e libertam mais de 150

País do sudeste asiático, de maioria católica, há décadas enfrenta uma insurgência de rebeldes muçulmanos nas ilhas do sul

Militar filipino: invasores abriram fogo contra os guardas no presídio distrital de Cotabato do Norte, na cidade de Kidapawan (Erik de Castro/Reuters)
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Reuters

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 09h22.

Manila - Cerca de 100 homens armados ligados a rebeldes muçulmanos invadiram um presídio no sul das Filipinas nesta quarta-feira, matando um agente penitenciário, e libertando mais de 150 prisioneiros, alguns deles militantes islâmicos, disseram autoridades.

O país do sudeste asiático, de maioria católica, há décadas enfrenta uma insurgência de rebeldes muçulmanos nas ilhas do sul.

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Os invasores abriram fogo contra os guardas no presídio distrital de Cotabato do Norte, na cidade de Kidapawan, disse a uma estação de rádio o diretor do presídio, Peter Bongat. Dos 1.511 detendos no local, 158 conseguiram escapar, disse ele.

Oito prisioneiros desde então foram recapturados, dois se renderam e seis foram mortos, de acordo com o gabinete da presidência.

Shirlyn Macasarte, governadora em exercício da província de Cotabato do Norte, disse que seu gabinete havia recebido uma denúncia, no ano passado, sobre o plano do grupo Combatentes de Liberdade Islâmica de Bangsamoro de libertar seus membros.

"Eles estavam envolvidos em assassinatos e, ao mesmo tempo, acredito que possam ter experiência em produção de bombas, então os observamos de perto", disse a governadora ao canal de notícias ANC.

O líder dos agressores, conhecido por seu apelido Comandante Derbie, possui ligação com o grupo islâmico, o qual é uma divisão da Frente de Liberação Islâmica de Moro, disse Macasarte.

Acredita-se que membros de ambos os grupos estejam por trás das mortes de 44 agentes policiais que realizavam uma missão secreta há dois anos para capturar um produtor de bombas malaio, o qual tinha uma recompensa de 5 milhões de dólares oferecida pelo Departamento de Estado dos EUA por sua captura.

Em 2014, o governo assinou um acordo de paz com os rebeldes de Moro, o maior grupo muçulmano, mas confrontos ainda acontecem com grupos menores.

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