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Holanda anuncia retirada oficial de embaixador na Turquia

Embaixador holandês não consegue entrar em Ancara há quase um ano, quando explodiu uma crise diplomática entre ambos países

Tensão entre ambos países começou em março de 2017, o ministro de Relações Exteriores turco foi impedido de entrar na Holanda (Yiannis Kourtoglou/Reuters)

Tensão entre ambos países começou em março de 2017, o ministro de Relações Exteriores turco foi impedido de entrar na Holanda (Yiannis Kourtoglou/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 11h21.

Haia - A Holanda anunciou nesta segunda-feira a retirada de forma oficial de seu embaixador na Turquia depois que as conversas recentes entre Ancara e Amsterdã "não ofereceram perspectivas de normalizar as relações bilaterais", informou o Governo holandês em um comunicado.

Ambos países não foram capazes de "chegar a um acordo", especificou o ministro de Relações Exteriores holandês, Halbe Zijlstra, por isso que as relações entre os dois países ao mais alto nível ficarão suspensas.

O embaixador holandês não consegue entrar em Ancara há quase um ano, quando explodiu uma crise diplomática entre ambos países, e enquanto essa situação se mantiver, Amsterdã "não dará permissão à Turquia para que um novo embaixador assuma suas funções na Holanda", acrescentou o Governo.

A tensão entre ambos países começou em março de 2017, quando o Executivo holandês negou a permissão de aterrissagem do avião do ministro de Relações Exteriores turco, Mevlüt Çavusoglu, alegando que sua presença "suporia riscos para a ordem pública e a segurança".

Çavusoglu viajava para pedir o voto a favor no referendo convocado por Ancara para dar mais poderes ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, mas a Holanda considerou uma ingerência porque iria realizar eleições dias depois.

Uma manifestação em Roterdã de turco-holandeses, que protestavam pela medida do Governo, terminou sendo dispersada pela polícia e com dezenas de feridos, o que levou Erdogan a qualificar os holandeses de "nazistas" e anunciar que tomaria medidas.

A situação parecia que iria se normalizar quando, no final de 2017, o presidente turco disse que o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, tinha dado "vários sinais para melhorar" as relações.

No entanto, as operações contra as milícias curdas que a Turquia começou há algumas semanas na Síria provocaram as críticas do ministro de Relações Exteriores holandês, que expressou sua "preocupação" e pediu a Erdogan "prudência".

O anúncio feito hoje pela Holanda estabelece "uma pausa nas conversas com a Turquia", disse o Governo holandês.

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