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Hillary e Trump voltam fortalecidos com vitória em NY

No total, 5,8 milhões de democratas e 2,7 milhões de republicanos estavam inscritos para votar nestas primárias "fechadas" para os independentes


	Donald Trump e Hillary Clinton: no total, 5,8 milhões de democratas e 2,7 milhões de republicanos estavam inscritos para votar nestas primárias "fechadas" para os independentes
 (Scott Audette / Javier Galeano / Reuters)

Donald Trump e Hillary Clinton: no total, 5,8 milhões de democratas e 2,7 milhões de republicanos estavam inscritos para votar nestas primárias "fechadas" para os independentes (Scott Audette / Javier Galeano / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 13h39.

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton e o magnata Donald Trump retomaram nesta quarta-feira a campanha eleitoral depois de suas vitórias nas primárias presidenciais do estado de Nova York.

A democrata Hillary Clinton obtinha 57,9% dos votos, contra 42,1% para o senador Bernie Sanders.

Hillary disse que sua vitória foi algo "pessoal". "Os nova-iorquinos sempre tiveram meu apoio e sempre tratei de obter o apoio deles".

Em discurso na sede de sua campanha no Brooklyn, a ex-primeira-dama afirmou que "a vitória está à vista", em referência à indicação democrata à Casa Branca.

Ela tentou estender os ramos da paz aos seguidores de Sanders, depois de uma campanha nova-iorquina muito tensa.

"Há mais coisas que nos unem que coisas que nos dividem", afirmou.

Mas o autodenominado "socialista democrata" de 74 anos se nega a jogar a toalha. "Há cinco primárias na próxima semana; achamos que vamos nos sair bem no caminho para a vitória", declarou.

Oriundo do Brooklyn, Bernie Sanders precisava de um bom resultado em Nova York para se manter vivo na disputa.

Trump, por sua vez, recebeu 60,5% dos votos, contra 25,1% para o governador de Ohio, John Kasich, e 14,5% para o senador do Texas Ted Cruz, também de acordo com CNN, Fox News e MSNBC.

O magnata comemorou a vitória afirmando que "não falta muita coisa baseado no que estou vendo na televisão". "O senador Cruz está matematicamente eliminado".

Antes das primárias de Nova York, Trump contava com pouco menos de 750 delegados, cerca de 200 a mais que Cruz.

Nova York é o estado que mais delegados concede após a Califórnia, que terá primárias em junho. Estavam em jogo nesta terça-feira 291 delegados democratas e 95 republicanos.

No total, 5,8 milhões de democratas e 2,7 milhões de republicanos estavam inscritos para votar nestas primárias "fechadas" para os independentes.

"Votei em Hillary Clinton porque é a mais qualificada. Gosto de Bernie Sanders, adoro sua energia e sua paixão, e algumas de suas ideias, mas não estou certo de que possa enfrentar nossa realidade política", informou Carlos Ríos, encarregado de recursos humanos, ao sair de um centro de votação em Chelsea, Manhattan.

Ao contrário, David Fields, um afro-americano que trabalha em publicidade, votou no senador chamado de "socialista democrático".

"Precisamos de uma mudança. Gosto do discurso dele, é sincero", disse à AFP.

Durante a votação, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, informou sobre "numerosos erros" nas listas eleitorais no Brooklyn.

Em nível nacional, Hillary está praticamente empatada com Sanders, com 50% contra 48% de intenções de voto, de acordo com uma nova pesquisa.

Mas devido ao sistema eleitoral americano de primárias por estado, Clinton tem uma vantagem sobre Sanders, com 1.790 delegados contra 1.113. São necessários 2.383 delegados para obter a nomeação na convenção democrata para as eleições presidenciais de novembro.

No Partido Republicano são necessários 1.237 delegados para garantir a indicação na convenção de julho.

Caso nenhum candidato obtenha a maioria de delegados requerida, a convenção ficará em aberto e não será obrigada a indicar Trump.

O polêmico multimilionário, que deixou a corrida à Casa Branca de cabeça para baixo com sua campanha agressiva, acusa seu partido de querer bloquear sua indicação e denuncia regras "deturpadas" na atribuição de delegados, que nem sempre corresponde ao voto dos eleitores.

No entanto, depois de sua clara derrota no Wisconsin, em 5 de abril, pelas mãos de Cruz, Trump moderou um pouco suas declarações polêmicas e reorganizou sua equipe de campanha, pensando justamente na convenção de julho.

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