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Hezbollah afirma que recebeu mensagens israelenses após primeira onda de explosões

Nesta quarta-feira, walkie-talkies que pertenciam a membros da formação armada explodiram simultaneamente em vários pontos do Líbano

Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah (Al-Manar/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 19 de setembro de 2024 às 14h03.

O líder do Hezbollah , Hassan Nasrallah, afirmou nesta quinta-feira que, pouco depois das primeiras explosões massivas de pagers ocorridas na terça-feira, o grupo xiita libanês recebeu mensagens israelenses exigindo que suspendesse seu apoio à Faixa de Gaza e ameaçando realizar mais ataques em caso contrário.

"Na terça-feira passada, horas depois do ataque, recebemos mensagens através de canais oficiais e não oficiais cujo conteúdo era: 'Nosso objetivo é que vocês parem de apoiar Gaza e suspendam os combates na frente norte. E, se vocês não pararem, teremos mais’", disse Nasrallah em um discurso televisionado.

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“E de fato houve outro ataque na quarta-feira”, acrescentou o clérigo xiita.

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Nos últimos dois dias, duas ondas de explosões em cadeia afetaram milhares de pagers e walkie-talkies que pertenciam a membros do Hezbollah em várias partes do Líbano, causando 37 mortes, incluindo duas crianças, e quase 3.000 feridos.

Estes incidentes sem precedentes ocorreram depois de o Estado judeu ter aumentado nos últimos dias o tom das suas ameaças de uma guerra aberta contra o Líbano, enquanto nesta quinta-feira o Exército israelense anunciou planos para sua frente norte contra o Hezbollah.

Apesar de tudo, Nasrallah reiterou que “a frente libanesa não irá parar antes que termine a agressão contra Gaza” e, embora tenha reconhecido que as explosões desta semana em milhares de dispositivos foram um “grande golpe”, acredita que a experiência os tornará “mais fortes”.

"Não nos importamos com as consequências, as perdas, as possibilidades, os resultados. A Resistência no Líbano não deixará de apoiar e ajudar o povo de Gaza, da Cisjordânia e todos aqueles que sofrem injustiças nesta terra sagrada", destacou o secretário-geral do Hezbollah.

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