WAYNE, MICHIGAN - AUGUST 08: Democratic presidential candidate, U.S. Vice President Kamala Harris speaks at a campaign rally at United Auto Workers Local 900 on August 8, 2024 in Wayne, Michigan. Kamala Harris and her newly selected running mate Tim Walz are campaigning across the country this week. Andrew Harnik/Getty Images/AFP (Photo by Andrew Harnik / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP) (Andrew Harnik/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 18 de agosto de 2024 às 13h29.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, está neste domingo (17) na Pensilvânia (leste), um estado crucial para as eleições presidenciais de novembro, antes de se dirigir a Chicago para uma convenção partidária que contará com medidas de segurança rigorosas.
A democrata de 59 anos, que reacendeu as esperanças de vitória contra Donald Trump após a desistência de Joe Biden, percorre o "swing state" (estado indeciso) de ônibus.
A candidata e seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota Tim Walz, querem mostrar seu apoio à classe trabalhadora, em um estado no qual o atual presidente venceu apenas por uma pequena margem sobre Trump em 2020.
Na sexta-feira, Harris apresentou um programa econômico focado em apoiar a classe média, como créditos fiscais para famílias com recém-nascidos ou ajuda para comprar uma casa.
O candidato republicano, ciente do que está em jogo, retornou no sábado à Pensilvânia, estado onde sofreu uma tentativa de assassinato em julho.
"Ela está louca", disse sobre sua rival o bilionário de 78 anos.
Segundo o Partido Democrata, espera-se que pelo menos 50.000 pessoas (delegados, voluntários, simpatizantes, etc.) compareçam à terceira maior cidade dos EUA para apoiar a candidata até a noite de quinta-feira.
Tudo isso com um forte esquema de segurança que mobilizará 2.500 policiais locais.
Grupos pró-palestinos planejaram manifestações, enquanto a tentativa de assassinato de Trump em 13 de julho ainda está na mente de todos.
“A grande maioria dos manifestantes... são pacíficos” e “querem que as suas vozes sejam ouvidas, e vamos proteger isso”, disse neste domingo à CNN o governador de Illinois, J.B. Pritzker. Mas “se houver desordeiros, serão presos e condenados”.
Uma nova pesquisa de opinião do Washington Post/ABC News/Ipsos divulgada neste domingo mostrou que a vice-presidente está ligeiramente à frente nas intenções de voto a nível nacional.
Às margens do lago Michigan, os pesos pesados do partido irão apoiar Harris, começando pelo ex-presidente Barack Obama e sua esposa Michelle.
Em seu reduto de Chicago, o carismático orador mobilizará ainda mais os democratas, muitos dos quais dizem encontrar, neste início de campanha da vice-presidente, uma euforia que lembra a marcha rumo à Casa Branca do primeiro presidente negro dos EUA, em 2008.
Mas caberá a Biden, na noite de segunda-feira, fazer o que será tanto o primeiro discurso importante da convenção quanto uma espécie de mensagem de despedida.
A equipe de campanha promete que este último ato, que marca o final de meio século do presidente americano na política, não será de forma alguma melancólico.
O presidente, segundo um comunicado de imprensa, destacará os resultados de seu mandato, que termina com "a economia mais forte do mundo".
Acima de tudo, pedirá apoio para a vice-presidente, "ressaltando" a importância da eleição frente a um presidente que foi condenado criminalmente e que não se comprometeu a admitir uma possível derrota.
Segundo a CNN, Biden pode até ser acompanhado no palco por Harris, em uma apresentação emotiva.
O ato em Chicago pretende ser uma demonstração de unidade e entusiasmo frente a Trump, líder absoluto do Partido Republicano.
Enquanto os democratas se reúnem em Chicago, o magnata republicano cruzará o país, com comícios programados na Pensilvânia, Michigan, Carolina do Norte e Arizona durante a semana.
Todas as pesquisas, embora concedam uma leve vantagem para a democrata, preveem uma votação muito apertada.
A presença na convenção de Hillary Clinton, que foi derrotada pelo republicano para surpresa geral em 2016, talvez lembre aos eufóricos democratas que devem ser cautelosos.