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Hamas exige mapas e prazos para a retirada de Israel de Gaza para assinar cessar-fogo

Segundo grupo islâmico, eles querem uma garantia de que todo o exército israelense deixará o enclave após a fase três do acordo

Uma foto tirada de Rafah mostra a fumaça subindo sobre Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, durante o bombardeio israelense em 3 de janeiro de 2024, enquanto os confrontos entre o movimento palestino Hamas e Israel continuam (AFP/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 07h06.

Última atualização em 15 de janeiro de 2025 às 07h14.

O grupo islâmico Hamas confirmou nesta quarta-feira, 14, que as principais questões para chegar a um cessar-fogo na Faixa de Gaza foram resolvidas, mas ressaltou que ainda precisa receber de Israel mapas específicos e a data em que suas tropas deixarão completamente o enclave.

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"Os israelenses e os americanos querem que aceitemos a ideia geral de 'retirada de áreas povoadas' e estamos pedindo mapas específicos e prazos para essa retirada", confirmou hoje à Agência EFE uma fonte do grupo.

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"Queremos garantias de que, após a fase três, o Exército (israelense) terá se retirado de toda a Faixa de Gaza", acrescentou.

Segundo a fonte, que falou em condição de anonimato, as discussões estão agora focadas em limitar a presença de soldados a 500 metros de determinados pontos da fronteira durante as três fases do acordo.

Israel, por outro lado, quer permanecer na chamada zona-tampão, uma faixa de terra ampliada na qual todos os edifícios foram demolidos durante a guerra e que se estende por mais de um quilômetro de profundidade em Gaza.

O grupo islâmico também reconheceu que estão sendo intensamente debatidos detalhes relacionados ao retorno de palestinos deslocados e à forma que adotará o governo palestino após a guerra.

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"Os americanos estabeleceram a data limite de 20 de janeiro, mas estamos focados em obter o melhor acordo possível com todos os detalhes acordados, mesmo que isso nos leve além dessa data. Nosso povo pagou um preço alto e não podemos desperdiçá-lo", destacou a fonte do Hamas.

Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que entregaria ao próximo governo de Donald Trump um plano pós-guerra para a Faixa de Gaza baseado na reunificação com a Cisjordânia ocupada e sob um governo palestino apoiado pela comunidade internacional.

Durante um discurso no think tank Atlantic Council, em Washington, o chefe da diplomacia americana, que está prestes a deixar o cargo, também delineou uma proposta de reconstrução para o enclave palestino que segue os princípios que ele mesmo anunciou em Tóquio, em novembro de 2023.

O plano entrará em vigor depois que Israel e o Hamas assinarem um cessar-fogo e libertarem os reféns, e estabelecerá as bases para a criação de um Estado palestino independente, disse Blinken.

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