Hamas critica nomeação de Abbas como premiê palestino
Grupo parlamentar Mudança e Reforma (nome com o qual Hamas ganhou as eleições de 2006) pede a revisão da designação de Abbas à frente do governo interino de coalizão
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 19h07.
Jerusalém - A direção do movimento radical Hamas na Faixa de Gaza expressou publicamente suas divergências com a liderança do grupo exilada na Síria e criticou nesta quarta-feira a nomeação do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, como primeiro-ministro do governo de coalizão acertado pelo acordo de segunda-feira passada entre as facções palestinas.
Em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial palestina 'Wafa', o grupo parlamentar Mudança e Reforma (nome com o qual Hamas ganhou as eleições de 2006) pede a revisão da designação de Abbas à frente do governo interino de coalizão, que se encarregará de preparar as eleições.
A decisão, diz a nota, fragiliza a Lei Básica palestina, já que o presidente não pode assumir também o posto de chefe de governo. O partido Mudança e Reforma pede às partes signatárias do pacto que reconsiderem este ponto para, segundo eles, manter o respeito à lei.
A reação representa um grande revés à principal medida tomada pelo Hamas e pelo Fatah para aplicar o documento de reconciliação assinado em maio do ano passado no Cairo.
Os analistas alertam há muito tempo sobre o racha interno no Hamas entre a direção do grupo no exílio sírio, representada por Meshaal, e a liderança em Gaza, que tem como principais nomes o primeiro-ministro Ismail Haniyeh e o cofundador do grupo Mahmoud Zahar.
O Hamas, no entanto, tentou o tempo todo dar uma imagem de coesão. Por isso, esta se trata de uma das poucas ocasiões em que se as divergências internas se apresentam publicamente. O protesto pode frear a formação do governo de coalizão, que incluirá tecnocratas palestinos independentes e terá como missão preparar as eleições legislativas e presidenciais, previstas para 4 de maio.
O pleito está há meses agendado para maio, mas o Comitê Eleitoral Central já advertiu que será impossível prepará-lo para essa data devido aos atrasos que foram acumulando as negociações.
Jerusalém - A direção do movimento radical Hamas na Faixa de Gaza expressou publicamente suas divergências com a liderança do grupo exilada na Síria e criticou nesta quarta-feira a nomeação do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, como primeiro-ministro do governo de coalizão acertado pelo acordo de segunda-feira passada entre as facções palestinas.
Em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial palestina 'Wafa', o grupo parlamentar Mudança e Reforma (nome com o qual Hamas ganhou as eleições de 2006) pede a revisão da designação de Abbas à frente do governo interino de coalizão, que se encarregará de preparar as eleições.
A decisão, diz a nota, fragiliza a Lei Básica palestina, já que o presidente não pode assumir também o posto de chefe de governo. O partido Mudança e Reforma pede às partes signatárias do pacto que reconsiderem este ponto para, segundo eles, manter o respeito à lei.
A reação representa um grande revés à principal medida tomada pelo Hamas e pelo Fatah para aplicar o documento de reconciliação assinado em maio do ano passado no Cairo.
Os analistas alertam há muito tempo sobre o racha interno no Hamas entre a direção do grupo no exílio sírio, representada por Meshaal, e a liderança em Gaza, que tem como principais nomes o primeiro-ministro Ismail Haniyeh e o cofundador do grupo Mahmoud Zahar.
O Hamas, no entanto, tentou o tempo todo dar uma imagem de coesão. Por isso, esta se trata de uma das poucas ocasiões em que se as divergências internas se apresentam publicamente. O protesto pode frear a formação do governo de coalizão, que incluirá tecnocratas palestinos independentes e terá como missão preparar as eleições legislativas e presidenciais, previstas para 4 de maio.
O pleito está há meses agendado para maio, mas o Comitê Eleitoral Central já advertiu que será impossível prepará-lo para essa data devido aos atrasos que foram acumulando as negociações.