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Hamas anuncia que aceitou proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza

Segundo o jornal Aljazeera, o acordo foi realizado com a intermediação do Catar e do Egito

Foto tirada no sul de Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, mostra fumaça durante um bombardeio israelense em 9 de dezembro de 2023 (AFP/Reprodução)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 6 de maio de 2024 às 13h59.

Última atualização em 6 de maio de 2024 às 14h49.

O grupoislamistaHamas disse nesta segunda-feira, 6, que aceitou uma proposta de cessar-fogo com Israel no conflito na Faixa de Gaza. Segundo o jornal Aljazeera, o acordo foi realizado com a intermediação do Catar e do Egito. Israel não participou das conversas.

O aceite do acordo saiu após o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, conversar com o primeiro-ministro do Catar, Muhammad bin Abd al-Rahman Al Thani, e com o chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamal.

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A delegação do grupo chegou ao Egito no último sábado, 4. De acordo com a imprensa egipcia, Israel não esteve presente nas negociações no Cairo. Ochefe da CIA, William Burns, participou na reunião.  O Hamas pede o fim da guerra e a retirada de todas as forças israelenses de Gaza.

O conflito se arrasta desde 7 de outubro, após um ataque do grupo terrorista nosul de Israel matar mais de 1.000 pessoas, a maioria civis.

Cerca de 250 israelenses foram sequestradas na época.As autoridades israelenses estimam que, após uma troca de reféns por prisioneiros palestinos em novembro, 128 pessoas permanecem cativas em Gaza e que 35 morreram até agora.

A pressão internacional para um acordo avançou nos últimos meses em meio a escalada da crise humanitária em Gaza. A ofensiva de Israel na região palestina já deixou mais de 34 mil mortos.

Netanyahu afirma que aceitar as exigências do Hamas é uma derrota para Israel

No último domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que aceitar as "exigências" do Hamas para acabar com a guerra em Gaza seria "uma derrota terrível para o Estado de Israel" e equivaleria à "capitulação".

Em meio as negociações, Israel informou que lançará uma ofensiva em Rafah, a cidade mais ao sul do território, que é considerada o último reduto dos comandantes islamistas.

Nesta segunda-feira, oexército de Israel ordenou que dezenas de milhares de pessoas na cidade começassem a deixar região, sinalizando que uma invasão terrestre há muito prometida pode acontecer em breve. Existe a preocupação que as movimentações israelenses compliquem o avanço para um cessar-fogo.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, opõem-se a uma invasão na cidade palestina no extremo sul da Faixa de Gaza, onde 1,2 milhão de pessoas estão aglomeradas, a maioria delas deslocadas pela guerra.

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