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Haiti precisa de US$ 53,9 milhões para atender refugiados, adverte ONU

O diretor da missão no Haiti da OCHA, Nigel Fisher, especificou que as milhares de pessoas nos campos de refugiados são particularmente vulneráveis aos surtos de cólera

Desabrigados no Haiti um ano após o terremoto que assolou o país (Mario Tama/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2012 às 00h06.

Porto Príncipe - O Haiti requer com urgência uma ajuda internacional de US$ 53,9 milhões para poder atender os serviços nos campos de refugiados do terremoto de 2010, entre abril e junho, durante a temporada de chuvas e furacões, informou nesta terça-feira um organismo da ONU .

A missão no Haiti do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou sobre a necessidade de proteger os campos de desabrigados perante as eventuais inundações, assim como a de reforçar a segurança para enfrentar a violência e os estupros.

Em um documento, o diretor da missão no Haiti da OCHA, Nigel Fisher, especificou que as milhares de pessoas que ainda permanecem nos campos de refugiados são particularmente vulneráveis aos surtos de cólera, epidemia que causou a morte de 7 mil haitianos, além do massacre da natureza, principalmente entre maio e novembro de cada ano.

Embora a população nos acampamentos tenha diminuído consideravelmente desde 2010, quase meio milhão de pessoas ainda vivem em tendas, lembrou o diplomata.

Fisher revelou que o Haiti só recebeu 55% dos US$ 382 milhões em ajuda humanitária aprovados pela comunidade internacional para serem destinados ao país em 2011, o que causou a eliminação gradual de projetos de serviços essenciais nos acampamentos e nas zonas afetadas pela cólera.


Devido à falta de financiamento, o Haiti foi selecionado para receber uma verba de emergência de US$ 8 milhões através do Fundo Central de Resposta a Situações de Emergência (Cerf) da ONU.

'Esta subvenção permitirá sanar as necessidades prioritárias e imediatas, mas não será suficiente para enfrentar os desafios deste ano', explicou Fisher.

No documento, a OCHA afirmou que os mais de US$ 50 milhões requeridos servirão para combater os focos de cólera, garantir o abastecimento de água potável, melhorar a gestão de resíduos sólidos e promover da higiene nos acampamentos isolados que não têm acesso aos distritos de serviços básicos.

Além disso, os recursos servirão para proporcionar vantagem aos refúgios temporários e subsídios para imóveis de aluguel, a fim de acelerar o ritmo dos esforços para reassentar os desabrigados.

'Sem o financiamento adequado, as iniciativas de reassentamento das pessoas deslocadas corre sério risco de ser interrompida', destacou Fisher, que também alertou sobre o perigo que correm centenas de milhares de desabrigados que vivem nos acampamentos. EFE

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A missão no Haiti do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou sobre a necessidade de proteger os campos de desabrigados perante as eventuais inundações, assim como a de reforçar a segurança para enfrentar a violência e os estupros.

Em um documento, o diretor da missão no Haiti da OCHA, Nigel Fisher, especificou que as milhares de pessoas que ainda permanecem nos campos de refugiados são particularmente vulneráveis aos surtos de cólera, epidemia que causou a morte de 7 mil haitianos, além do massacre da natureza, principalmente entre maio e novembro de cada ano.

Embora a população nos acampamentos tenha diminuído consideravelmente desde 2010, quase meio milhão de pessoas ainda vivem em tendas, lembrou o diplomata.

Fisher revelou que o Haiti só recebeu 55% dos US$ 382 milhões em ajuda humanitária aprovados pela comunidade internacional para serem destinados ao país em 2011, o que causou a eliminação gradual de projetos de serviços essenciais nos acampamentos e nas zonas afetadas pela cólera.


Devido à falta de financiamento, o Haiti foi selecionado para receber uma verba de emergência de US$ 8 milhões através do Fundo Central de Resposta a Situações de Emergência (Cerf) da ONU.

'Esta subvenção permitirá sanar as necessidades prioritárias e imediatas, mas não será suficiente para enfrentar os desafios deste ano', explicou Fisher.

No documento, a OCHA afirmou que os mais de US$ 50 milhões requeridos servirão para combater os focos de cólera, garantir o abastecimento de água potável, melhorar a gestão de resíduos sólidos e promover da higiene nos acampamentos isolados que não têm acesso aos distritos de serviços básicos.

Além disso, os recursos servirão para proporcionar vantagem aos refúgios temporários e subsídios para imóveis de aluguel, a fim de acelerar o ritmo dos esforços para reassentar os desabrigados.

'Sem o financiamento adequado, as iniciativas de reassentamento das pessoas deslocadas corre sério risco de ser interrompida', destacou Fisher, que também alertou sobre o perigo que correm centenas de milhares de desabrigados que vivem nos acampamentos. EFE

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