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Guterres pede moderação e solução política após ataque à Síria

Ao mesmo tempo, o chefe da ONU reiterou que condena o ataque químico ocorrido dias antes e ressaltou que deve haver prestação de contas por esses crimes

António Guterres: o secretário-geral expressou sua "grave preocupação" pela situação na Síria (Lucas Jackson/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de abril de 2017 às 13h29.

Nações Unidas - O secretário geral da ONU , António Guterres, alertou nesta sexta-feira sobre o risco de uma "escalada" após o ataque lançado pelos Estados Unidos contra uma base aérea síria e pediu que se contenham os ânimos para evitar uma piora da situação.

"Consciente do risco de uma escalada, peço contenção para evitar qualquer ato que possa aprofundar o sofrimento dos sírios", disse Guterres em um comunicado.

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O chefe das Nações Unidas disse que acompanhou as informações sobre o bombardeio executado pelos EUA contra a base aérea de Shayrat e expressou sua "grave preocupação" pela situação na Síria.

Guterres reiterou que condena o ataque químico desta semana na cidade de Khan Sheikhoun e ressaltou que deve haver prestação de contas por esses crimes.

Ao mesmo tempo, insistiu que a guerra na Síria só pode ser resolvida pela via política.

"Estes fatos reforçam minha crença de que não há outra forma de resolver o conflito a não ser através de uma solução política. Convoco as partes a renovarem urgentemente seu compromisso para avançar nas negociações de Genebra", disse em referência ao diálogo patrocinado pela ONU entre o governo e a oposição síria.

O diplomata português também pediu que o Conselho de Segurança exerça sua responsabilidade de manter a paz e a segurança internacional.

"Durante muito tempo a legislação internacional foi ignorada no conflito sírio e é nossa responsabilidade compartilhada defender os padrões internacionais de humanidade", disse.

"Este é um requisito prévio para acabar com o sofrimento constante do povo de Síria", acrescentou.

O Conselho de Segurança da ONU se reúne hoje para analisar a ação americana na Síria, que foi considerada pela Rússia como uma "agressão" contra um Estado soberano.

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