Guerra e negócios se misturam no Sudão do Sul
Nas ruas, há um clima pesado. Muita gente anda armada e nem todos gostam de câmeras ou de jornalistas
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2012 às 11h14.
Juba - Na televisão pública sul-sudanesa, a SSTV, o tema é um só: guerra. Nos telejornais, há acusações e discursos contra o inimigo figadal do Norte, o Sudão . Entrevistas de militares, cenas de treinamentos de soldados, mísseis sendo disparados e pronunciamentos oficiais de comandantes de tropas são o destaque da programação. Em outros momentos, há inusitados videoclipes em que todos dançam e cantam fardados e exibindo fuzis.
Nas ruas, há um clima pesado. Muita gente anda armada e nem todos gostam de câmeras ou de jornalistas. Por diversas vezes, pessoas reclamaram quando estavam sendo filmadas e, não raro, com gestos de ameaça. A guerra domina de fato as mentes e as atenções no país.
Vivendo há três meses em um hotel condomínio exclusivo para estrangeiros e vigiado for homens armados, um coronel aposentado dos Estados Unidos, dono de uma consultoria privada, chefia uma equipe de 30 ex-militares norte-americanos, contratados pelo governo local para treinar soldados. O país se esforça para transformar os guerrilheiros do Exército de Libertação do Povo do Sudão em soldados profissionais, agora que o grupo virou a força oficial do Estado sul-sudanês depois da independência. Segundo ele, os soldados “aprendem rápido, são muito dedicados”.
O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, tem viajado pelo mundo em busca de novas relações comerciais e de dinheiro para bancar a infraestrutura. Esteve na China, com o presidente Hu Jin-Tao, em busca de financiamento para um oleoduto que passe pelo Quênia, no caminho para o mar, evitando o Sudão; visitou, em Londres, o primeiro-ministro David Cameron. Em ambos os casos, longas reportagens da TV pública local noticiaram as viagens durante todo um fim de semana. O britânico Cameron chegou a dar à emissora estatal sul-sudanesa uma entrevista exclusiva, destacando a falta de escolas no país africano, que deixa 1 milhão de crianças sem acesso à alfabetização. “A luta real deve ser para que elas estudem”, declarou o chefe de Governo britânico.
Juba - Na televisão pública sul-sudanesa, a SSTV, o tema é um só: guerra. Nos telejornais, há acusações e discursos contra o inimigo figadal do Norte, o Sudão . Entrevistas de militares, cenas de treinamentos de soldados, mísseis sendo disparados e pronunciamentos oficiais de comandantes de tropas são o destaque da programação. Em outros momentos, há inusitados videoclipes em que todos dançam e cantam fardados e exibindo fuzis.
Nas ruas, há um clima pesado. Muita gente anda armada e nem todos gostam de câmeras ou de jornalistas. Por diversas vezes, pessoas reclamaram quando estavam sendo filmadas e, não raro, com gestos de ameaça. A guerra domina de fato as mentes e as atenções no país.
Vivendo há três meses em um hotel condomínio exclusivo para estrangeiros e vigiado for homens armados, um coronel aposentado dos Estados Unidos, dono de uma consultoria privada, chefia uma equipe de 30 ex-militares norte-americanos, contratados pelo governo local para treinar soldados. O país se esforça para transformar os guerrilheiros do Exército de Libertação do Povo do Sudão em soldados profissionais, agora que o grupo virou a força oficial do Estado sul-sudanês depois da independência. Segundo ele, os soldados “aprendem rápido, são muito dedicados”.
O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, tem viajado pelo mundo em busca de novas relações comerciais e de dinheiro para bancar a infraestrutura. Esteve na China, com o presidente Hu Jin-Tao, em busca de financiamento para um oleoduto que passe pelo Quênia, no caminho para o mar, evitando o Sudão; visitou, em Londres, o primeiro-ministro David Cameron. Em ambos os casos, longas reportagens da TV pública local noticiaram as viagens durante todo um fim de semana. O britânico Cameron chegou a dar à emissora estatal sul-sudanesa uma entrevista exclusiva, destacando a falta de escolas no país africano, que deixa 1 milhão de crianças sem acesso à alfabetização. “A luta real deve ser para que elas estudem”, declarou o chefe de Governo britânico.