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Grupo jihadista culpa Hezbollah pelo sequestro de militares

Brigadas Abdullah Azzam culpou o grupo xiita pelo sequestro dos militares libaneses em mãos dos grupos jihadistas no norte do país

Soldado libanês que foi sequestrado por militantes islamitas acena após chegar em Akkar (Reuters)

Soldado libanês que foi sequestrado por militantes islamitas acena após chegar em Akkar (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 21h01.

Beirute - O porta-voz das Brigadas Abdullah Azzam, vinculadas à Al Qaeda, culpou neste domingo o grupo xiita libanês Hezbollah pelo sequestro dos militares libaneses em mãos dos grupos jihadistas no norte do país, informaram os meios de comunicação libaneses.

O porta-voz, Sirayedin Zreiqat, advertiu aos parentes dos sequestrados que não permitam que os transformem em escudo para o Irã.

'Os senhores devem saber que se não tivesse sido pelo Hezbollah, seus filhos não estariam sequestrados', afirmou, segundo a imprensa, dirigindo-se aos parentes de 30 soldados e policiais capturados neste mês na região de Arsal, limítrofe com a Síria.

Ontem à noite, pelo menos quatro militares e um policial libaneses que tinham sido capturados por grupos extremistas na zona foram libertados.

Essa região foi tomada neste ano pelo Exército sírio, em colaboração com o Hezbollah, que participa da batalha no país vizinho junto às tropas leais ao presidente sírio, Bashar al Assad.

Um dos soldados libertados ontem à noite, Ibrahim Shabaan, afirmou que seu companheiro Ali Sayed, que supostamente tinha aparecido em um vídeo no qual era esquartejado, está vivo.

Os jihadistas do grupo Estado Islâmico e da Frente al Nusra enfrentaram o Exército libanês no início de agosto na cidade de Arsal e seus arredores, limítrofes com a Síria, e após seis dias de combates se retiraram.

Pelo menos 19 membros das forças libanesas morreram nesses choques, para cujo fim intermediaram xeques sunitas locais.

A situação continua tensa nessa região, situada no nordeste do Líbano, onde costumam ser registrados combates entre as Forças Armadas e grupos de jihadistas, assim como bombardeios da aviação síria contra supostas posições rebeldes. EFE

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