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Grupo de brasileiros ataca vídeo sobre o nazismo da embaixada da Alemanha

Vídeo divulgado nas redes sociais pela representação alemã no Brasil teve teor contestado por brasileiros que negam os fatos históricos do nazismo

Adolf Hitler em meio ao exército alemão em 1936 (Central Press/Hulton Archive/Getty Images)

Gabriela Ruic

Publicado em 17 de setembro de 2018 às 12h35.

Última atualização em 24 de setembro de 2018 às 17h37.

São Paulo — Um vídeo publicado pela embaixada da Alemanha no Brasil há cerca de duas semanas virou polêmica nas redes sociais. A publicação, que tem como objetivo mostrar como o nazismo é ensinado nas escolas do país recebeu comentários de dezenas de usuários brasileiros que contestam os fatos históricos por trás dessa época, especialmente questionando o posicionamento do regime de Adolf Hitler no espectro ideológico.

“Ensinam história? Como em 1976, que tiveram de criar uma lei para proibir qualquer um de contestar a veracidade do holocausto? Já que os especialistas na época estavam desmascarando essa farsa.”, disse uma dessas pessoas na publicação no Facebook. “Extremistas de Direita? O Partido de Hitler se Chamava . Partido dos Trabalhadores Socialistas . Onde tem Extrema Direita ?” (sic), escreveu outra.

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A representação alemã no Brasil, no entanto, não deixou de confrontar os usuários brasileiros que se manifestaram contra as informações contidas no vídeo, explicando como os episódios são fatos históricos e pedindo que todos se manifestassem de maneira respeitosa. “Estamos felizes que o nosso vídeo gerou uma importante discussão”, notou a embaixada.

Apesar dos comentários desse grupo, outros usuários se manifestaram com pedidos de desculpas para a embaixada. “Eu admiro a audácia do jovem brasileiro que vem na página da embaixada da Alemanha falar que a Embaixada da Alemanha não sabe sobre a história da Alemanha” (sic), escreveu um deles. “Como brasileira quero pedir desculpas por comentários infelizes dos colegas brasileiros” comentou outra usuária.

A produção mostra que o costume nas escolas alemãs é o de justamente enfrentar os horrores do holocausto, que matou cerca de seis milhões de judeus, além de outras minorias, para evitar que algo do gênero se repita no planeta. Explica, também, que certas referências ao nazismo são crime no país, como negar que esse genocídio tenha acontecido e exibir símbolos nazistas. Veja abaixo o vídeo, que está em português:

Com pouco mais de um minuto de duração, o vídeo foi publicado em um momento em que a Alemanha revive a tensão com grupos da extrema-direita. Nas últimas semanas, a cidade de Chemnitz, que está a cerca de 300 quilômetros da capital Berlim, foi palco de uma onda de protestos anti-migratórios protagonizados por esses grupos, que entraram em confronto com polícia e contra-manifestantes.

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