"A mudança climática afeta primeiro o hemisfério sul, embora seja o menos responsável", disse Greta Thunberg (Leonhard Foeger/Reuters)
AFP
Publicado em 7 de junho de 2019 às 10h28.
Última atualização em 19 de setembro de 2019 às 18h52.
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) anunciou nesta sexta-feira que concede seu prêmio de maior prestígio à adolescente sueca Greta Thunberg, símbolo da luta contra a mudança climática.
O prêmio de "embaixadora da consciência" recompensa Greta Thunberg e o movimento "Fridays For Future" ("Sextas-feiras para o futuro"), que organizam manifestações no mundo inteiro para alertar sobre a urgência da luta contra a mudança climática.
"Cada jovem que participa nos 'Fridays for future' encarna o que significa atuar sobre nossa consciência. Nos recordam que somos mais poderosos do que pensamos e que todos temos um papel na proteção dos direitos humanos contra a catástrofe climática", afirmou o secretário-geral da AI, Kumi Naidoo, em um comunicado.
No texto, Greta Thunberg afirmou sentir-se "honrada" por receber o prêmio e denunciou a "injustiça flagrante" da mudança climática que "afeta primeiro as populações do hemisfério sul, embora sejam as menos responsáveis".
A jovem sueca, de 16 anos, se tornou uma estrela mundial ao organizar a cada sexta-feira, desde 2018, uma greve em sua escola para destacar a urgência na luta climática, uma iniciativa que se expandiu por todos os continentes. Ela tem quase dois milhões de seguidores em sua conta no Instagram.