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Grécia deve manter compromissos adquiridos, diz comissário

Comissário disse que "o povo grego fez esforços e esses esforços começam a dar seus frutos" já que a economia cresce a 3% e o desemprego está caindo


	Pierre Moscovici: "O que quero, o que queremos -acrescentou-, é que a Grécia siga na zona do euro: é bom para a zona do euro e é bom para a Grécia"
 (Charles Platiau/Reuters)

Pierre Moscovici: "O que quero, o que queremos -acrescentou-, é que a Grécia siga na zona do euro: é bom para a zona do euro e é bom para a Grécia" (Charles Platiau/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 09h55.

Paris - O comissário de Assuntos Europeus, Pierre Moscovici, não quis mostrar nesta terça-feira sua preferência nas eleições gregas, mas insistiu que independente de quem ganhar, Atenas deve manter seus compromissos adquiridos, em um claro aviso sobre uma possível renegociação do resgate financeiro.

"O que desejo e o que deseja a Comissão (Europeia) é que o processo eleitoral dê lugar a uma aposta pelas reformas, que são necessárias para a economia grega, e que não é uma questão de partidos, e dê lugar a uma opção pró-europeia, assinalou Moscovici em entrevista à emissora de rádio francesa "RTL".

"O que quero, o que queremos -acrescentou-, é que a Grécia siga na zona do euro: é bom para a zona do euro e é bom para a Grécia".

Moscovici insistiu que "ganhe o partido que ganhar, os compromissos que a Grécia adquiriu devem ser mantidos. O resto, corresponde aos gregos decidir livremente".

O comissário disse que "o povo grego fez esforços e esses esforços começam a dar seus frutos" já que a economia cresce a 3% e o desemprego está caindo.

O responsável de Assuntos Econômicos disse que "a zona do euro é muito mais sólida que em 2009 e 2010", graças em particular ao mecanismo europeu de estabilidade, e lembrou que "os diferentes países vão melhor", e que a Irlanda e Espanha, que tinham estado sob programa europeu, já saíram dessa fase, por isso que "não se deve ter medo".

Perguntado sobre se teme, como avançam as enquetes, por uma vitória do partido de extrema esquerda Syriza que quer renegociar as condições financeiras do resgate da Grécia, Moscovici repetiu o discurso que "são os gregos os que livremente vão escolher seus futuros dirigentes legítimos (...) e como dirigente europeu não tenho que dar nenhum voto".

"A legitimidade democrática não se questiona" e "são os gregos os que vão decidir", repetiu.

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