Governo venezuelano e oposição disputam por revogatório
Centenas de militares e policiais foram colocados em pontos estratégicos diante do que se prevê ser a maior manifestação que a opositora MUD fará
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2016 às 14h54.
Acusando-se mutuamente de buscar uma explosão de violência, a oposição e o governo da Venezuela medirão forças nesta quinta-feira com manifestações a favor e contra o referendo revogatório do mandato de Nicolás Maduro .
Centenas de militares e policiais foram colocados em pontos estratégicos diante do que se prevê ser a maior manifestação que a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) fará para exigir ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que acelere o referendo: a chamada "Tomada de Caracas".
"Toda a Venezuela está se mobilizando pelo direito de votar (...) passando por cima da estratégia do medo, da chantagem e do amedrontamento, para fazer a mais importante mobilização política de nossa história recente", assegurou o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba.
Passando para a ofensiva, os chavistas se manifestarão nesta quarta-feira e convocaram uma gigantesca mobilização na quinta-feira que chamaram de "Tomada da Venezuela" para, segundo seus dirigentes, "defender a revolução".
Maduro acusou a oposição de planejar um "golpe de Estado" e ameaçou mandar para a prisão dirigentes opositores, caso comece a violência na quinta-feira: "Berrem, chorem ou gritem, irão presos!", sentenciou.
"A oposição joga tudo para todos, busca demonstrar que é uma grande maioria no país que quer a mudança. O governo está centrando sua estratégia em desmoralizar, desmobilizar e colocar medo", afirmou à AFP Diego Montoya-Ocampo, analista do IHS Markit Country Risk, com sede em Londres.
O CNE descartou a possibilidade de antecipar a data de recolhimento das assinaturas, reiterando que será feito na última semana de outubro e advertindo que eventuais distúrbios na manifestação irão paralisar o processo.
Mas Torrealba afirma que "o que está vindo é a mudança, porque o povo quer revogar a fome, a insegurança e a falta de remédios", ao anunciar que a mobilização opositora se concentrará em três estratégicas avenidas do leste de Caracas, reduto da oposição.
O líder opositor Henrique Capriles, que acredita que um milhão de pessoas poderá estar presente na manifestação, assegurou à AFP que na quinta-feira irá ser aberta "uma nova etapa" de mobilizações e pressão internacional para obrigar o governo a aceitar o revogatório.
"Conspiração imperialista"
Delegados da MUD viajaram para os Estados Unidos a fim de pedir a ONU, em Nova York, e à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, que observem a "Tomada de Caracas" e denunciem o que consideram um "aumento da repressão".
Para Torrealba, "o governo está fazendo tudo isso por medo". "Não haverá uma pedra, um capuz, uma garrafa quebrada. O protesto será em paz e pela paz", assegurou.
"Não queremos guerra, não queremos violência, queremos um cronograma para o revogatório", disse Lilian Tintori, esposa do líder opositor preso, Leopoldo López.
Ao vinculá-lo com o julgamento de Dilma Rousseff, Maduro assegurou que o pedido do revogatório é planejado pela "direita fascista" venezuelana como parte de uma conspiração que "vem diretamente do imperialismo americano".
Neste enfurecimento político, chegaram a Caracas os ex-governantes José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha) e Martín Torrijos (Panamá), que formam uma missão de mediação para um diálogo entre governo e oposição.
Acusando-se mutuamente de buscar uma explosão de violência, a oposição e o governo da Venezuela medirão forças nesta quinta-feira com manifestações a favor e contra o referendo revogatório do mandato de Nicolás Maduro .
Centenas de militares e policiais foram colocados em pontos estratégicos diante do que se prevê ser a maior manifestação que a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) fará para exigir ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que acelere o referendo: a chamada "Tomada de Caracas".
"Toda a Venezuela está se mobilizando pelo direito de votar (...) passando por cima da estratégia do medo, da chantagem e do amedrontamento, para fazer a mais importante mobilização política de nossa história recente", assegurou o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba.
Passando para a ofensiva, os chavistas se manifestarão nesta quarta-feira e convocaram uma gigantesca mobilização na quinta-feira que chamaram de "Tomada da Venezuela" para, segundo seus dirigentes, "defender a revolução".
Maduro acusou a oposição de planejar um "golpe de Estado" e ameaçou mandar para a prisão dirigentes opositores, caso comece a violência na quinta-feira: "Berrem, chorem ou gritem, irão presos!", sentenciou.
"A oposição joga tudo para todos, busca demonstrar que é uma grande maioria no país que quer a mudança. O governo está centrando sua estratégia em desmoralizar, desmobilizar e colocar medo", afirmou à AFP Diego Montoya-Ocampo, analista do IHS Markit Country Risk, com sede em Londres.
O CNE descartou a possibilidade de antecipar a data de recolhimento das assinaturas, reiterando que será feito na última semana de outubro e advertindo que eventuais distúrbios na manifestação irão paralisar o processo.
Mas Torrealba afirma que "o que está vindo é a mudança, porque o povo quer revogar a fome, a insegurança e a falta de remédios", ao anunciar que a mobilização opositora se concentrará em três estratégicas avenidas do leste de Caracas, reduto da oposição.
O líder opositor Henrique Capriles, que acredita que um milhão de pessoas poderá estar presente na manifestação, assegurou à AFP que na quinta-feira irá ser aberta "uma nova etapa" de mobilizações e pressão internacional para obrigar o governo a aceitar o revogatório.
"Conspiração imperialista"
Delegados da MUD viajaram para os Estados Unidos a fim de pedir a ONU, em Nova York, e à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, que observem a "Tomada de Caracas" e denunciem o que consideram um "aumento da repressão".
Para Torrealba, "o governo está fazendo tudo isso por medo". "Não haverá uma pedra, um capuz, uma garrafa quebrada. O protesto será em paz e pela paz", assegurou.
"Não queremos guerra, não queremos violência, queremos um cronograma para o revogatório", disse Lilian Tintori, esposa do líder opositor preso, Leopoldo López.
Ao vinculá-lo com o julgamento de Dilma Rousseff, Maduro assegurou que o pedido do revogatório é planejado pela "direita fascista" venezuelana como parte de uma conspiração que "vem diretamente do imperialismo americano".
Neste enfurecimento político, chegaram a Caracas os ex-governantes José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha) e Martín Torrijos (Panamá), que formam uma missão de mediação para um diálogo entre governo e oposição.