Mundo

Governo vai tentar barrar no Congresso 'bombas fiscais'

Objetivo é impedir o aumento de gastos públicos às vésperas da posse da presidente eleita

O presidente Lula, em reunião nesta quinta-feira, debate o tema espinhoso (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

O presidente Lula, em reunião nesta quinta-feira, debate o tema espinhoso (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 11h06.

Brasília - O governo vai tentar barrar, no Congresso, a aprovação de uma série de medidas que, somadas, prometem causar impacto de R$ 125 9 bilhões no Orçamento. A ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é para que a base aliada impeça o aumento de gastos públicos às vésperas da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT).

"Eu sou a favor de não-medidas", afirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que vai integrar a equipe de transição do governo. "Precisamos discutir, por exemplo, por que dar reajuste de 56% para os servidores do Judiciário e onde vamos arrumar dinheiro para isso".

O tema espinhoso será posto hoje na mesa, durante reunião ministerial, quando Lula pedirá aos auxiliares que não deixem deputados e senadores de seus partidos aprovarem armadilhas para Dilma. Orçado em R$ 6,35 bilhões, o aumento do Judiciário, por exemplo, integra uma lista de projetos em tramitação no Congresso, que, no diagnóstico do governo, são bombas fiscais. 

O pacote de bondades inclui propostas como a que fixa um piso nacional para policiais militares (R$ 20 bilhões por ano), recompõe o valor das aposentadorias pagas pelo INSS (R$ 88,3 bilhões) e equipara salários de delegados aos do Ministério Público (R$ 1 bilhão).

"É preciso evitar que isso seja aprovado. Se queremos manter a casa em ordem, como vamos criar bilhões em despesas?", perguntou Bernardo. "A ideia é orientar a base aliada a não votar propostas para as quais não haja recursos previstos. O Congresso precisa ter cuidado para não dar sinal verde a coisas que terão graves consequências depois." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:GovernoGoverno DilmaLuiz Inácio Lula da SilvaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia