Governo grego renova compromisso com cortes de gastos
O Executivo grego também prometeu realizar eleições antecipadas em abril, como estava previsto
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 18h51.
Atenas - O governo de coalizão da Grécia se comprometeu nesta segunda-feira a aplicar os cortes estipulados com o grupo de entidades credoras conhecido como 'troika', formado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia - órgão executivo da União Europeia (UE).
O Executivo grego também prometeu realizar eleições antecipadas em abril, como estava previsto. Enquanto isso, em Atenas, os bombeiros buscavam apagar os rescaldos dos prédios incendiados pelos manifestantes no domingo.
'As garantias dos líderes políticos devem ser entregues para quarta-feira', disse à imprensa o porta-voz do governo grego, Pantelis Kapsis, em alusão à reunião do Eurogrupo (ministros de Finanças da zona do euro) da próxima quarta-feira em Bruxelas, durante a qual Grécia espera obter a concessão de um empréstimo de pelo menos 130 bilhões de euros.
O compromisso por escrito é necessário diante da desconfiança provocada, especialmente na Alemanha, pela lentidão da Grécia em realizar as reformas exigidas pelos credores internacionais.
O acordo parlamentar selado neste domingo à noite em Atenas representa apenas 'a condição necessária', disse o ministro de Economia alemão, Philip Rosler, às emissoras públicas 'ARD' e 'ZDF'. Segundo ele, o fator 'decisivo' é a aplicação das reformas aprovadas.
Rosler afirmou que a 'troika' precisa se certificar de que as reformas prometidas por Atenas se materializarão para considerar que a situação na Grécia começa a mudar.
Mais otimista se mostrou o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da UE, Olli Rehn, que parabenizou a Grécia pela medida adotada neste domingo à noite no Parlamento.
'O voto de ontem é uma mostra da determinação do país de acabar com a espiral de finanças públicas insustentáveis e com a perda de competitividade', assinalou Rehn em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
Já o porta-voz econômico da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj, destacou que 'o Eurogrupo foi muito claro ao pedir um compromisso claro e inequívoco dos partidos' políticos gregos.
Em relação às próximas eleições, o porta-voz do governo grego anunciou nesta segunda-feira, diante da insistência do partido conservador Nova Democracia - membro da coalizão de governo -, que haverá eleições em abril, como estava previsto.
O governo social-democrata-conservador ainda possui maioria parlamentar (194 de 300 deputados), mas as demissões, expulsões de deputados contrários ao acordo com a 'troika' e a saída do ultradireitista LAOS do Executivo fizeram com que a coalizão perdesse o apoio de cerca de 60 parlamentares nos últimos dias, o que revela o enorme desgaste do Executivo de Lucas Papademos.
Enquanto se preparavam os próximos passos políticos, em Atenas os bombeiros trabalhavam na extinção dos rescaldos dos incêndios provocados neste domingo durante os graves distúrbios que culminaram numa grande manifestação contra a aprovação do memorando da 'troika'.
Dos 48 prédios incendiados total ou parcialmente, o fogo ainda não tinha sido extinto totalmente pelo menos em dois deles no início da tarde, segundo a Agência Efe pôde comprovar.
Atenas - O governo de coalizão da Grécia se comprometeu nesta segunda-feira a aplicar os cortes estipulados com o grupo de entidades credoras conhecido como 'troika', formado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia - órgão executivo da União Europeia (UE).
O Executivo grego também prometeu realizar eleições antecipadas em abril, como estava previsto. Enquanto isso, em Atenas, os bombeiros buscavam apagar os rescaldos dos prédios incendiados pelos manifestantes no domingo.
'As garantias dos líderes políticos devem ser entregues para quarta-feira', disse à imprensa o porta-voz do governo grego, Pantelis Kapsis, em alusão à reunião do Eurogrupo (ministros de Finanças da zona do euro) da próxima quarta-feira em Bruxelas, durante a qual Grécia espera obter a concessão de um empréstimo de pelo menos 130 bilhões de euros.
O compromisso por escrito é necessário diante da desconfiança provocada, especialmente na Alemanha, pela lentidão da Grécia em realizar as reformas exigidas pelos credores internacionais.
O acordo parlamentar selado neste domingo à noite em Atenas representa apenas 'a condição necessária', disse o ministro de Economia alemão, Philip Rosler, às emissoras públicas 'ARD' e 'ZDF'. Segundo ele, o fator 'decisivo' é a aplicação das reformas aprovadas.
Rosler afirmou que a 'troika' precisa se certificar de que as reformas prometidas por Atenas se materializarão para considerar que a situação na Grécia começa a mudar.
Mais otimista se mostrou o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da UE, Olli Rehn, que parabenizou a Grécia pela medida adotada neste domingo à noite no Parlamento.
'O voto de ontem é uma mostra da determinação do país de acabar com a espiral de finanças públicas insustentáveis e com a perda de competitividade', assinalou Rehn em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
Já o porta-voz econômico da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj, destacou que 'o Eurogrupo foi muito claro ao pedir um compromisso claro e inequívoco dos partidos' políticos gregos.
Em relação às próximas eleições, o porta-voz do governo grego anunciou nesta segunda-feira, diante da insistência do partido conservador Nova Democracia - membro da coalizão de governo -, que haverá eleições em abril, como estava previsto.
O governo social-democrata-conservador ainda possui maioria parlamentar (194 de 300 deputados), mas as demissões, expulsões de deputados contrários ao acordo com a 'troika' e a saída do ultradireitista LAOS do Executivo fizeram com que a coalizão perdesse o apoio de cerca de 60 parlamentares nos últimos dias, o que revela o enorme desgaste do Executivo de Lucas Papademos.
Enquanto se preparavam os próximos passos políticos, em Atenas os bombeiros trabalhavam na extinção dos rescaldos dos incêndios provocados neste domingo durante os graves distúrbios que culminaram numa grande manifestação contra a aprovação do memorando da 'troika'.
Dos 48 prédios incendiados total ou parcialmente, o fogo ainda não tinha sido extinto totalmente pelo menos em dois deles no início da tarde, segundo a Agência Efe pôde comprovar.