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Governo e Farc começam a escrever novo acordo de paz

O presidente tenta conseguir um consenso após a opção de não apoiar o texto final do acordo ganhar no referendo de 2 de outubro

Acordo: "Está sendo construído um novo acordo de paz com a incorporação de muitas propostas" (John Vizcaino/Reuters)

Acordo: "Está sendo construído um novo acordo de paz com a incorporação de muitas propostas" (John Vizcaino/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 14h47.

Bogotá - O ministro do Interior colombiano, Juan Fernando Cristo, afirmou nesta quinta-feira que a delegação do governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão elaborando um novo acordo de paz com algumas das propostas do "não", em Havana (Cuba).

"Está sendo construído um novo acordo de paz com a incorporação de muitas propostas dos diferentes setores políticos e sociais do 'não'", disse Cristo aos jornalistas.

Ele disse que o governo tem clareza de que "está renegociando, discutindo modificações e ajustes em todos os pontos da agenda e do acordo que pactuado com as Farc".

O governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram em 26 de setembro em Cartagena um acordo de paz depois de quase quatro anos de negociações em Havana para acabar com mais de meio século de conflito armado. No entanto, a opção de "não" apoiar o texto final do acordo ganhou no referendo de 2 de outubro, por isso o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, convocou os atores envolvidos para tentar conseguir um consenso e fazer fluir o processo com a guerrilha mais antiga da América.

Cristo destacou que o governo está "comprometido a entender a mensagem dos colombianos com o acordo de paz submetido a votação e negado pela maioria".

Ele fez parte das conversas com as Farc antes de anunciar o acordo final, e esteve há poucos dias em Havana discutindo as propostas dos setores que votaram pelo "não".

"Precisamos construir um novo acordo no menor tempo possível porque esta cessação bilateral ao fogo é muito frágil. Temos um novo acordo de paz definitivo", concluiu.

Na segunda-feira passada, o ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, garantiu que o cessar-fogo entre o governo e as Farc não é definitivo porque descumpre com os requisitos para sê-lo.

 

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