Mundo

Governo do Quênia proíbe adoção de crianças por estrangeiros

O governo proibiu adoção de crianças quenianas por estrangeiros devido alto risco que os menores sofrem

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 11h56.

Nairóbi - O governo do Quênia proibiu a adoção de crianças do país por estrangeiros devido ao "alto risco" que sofrem os menores, segundo informaram nesta sexta-feira a imprensa local.

"A decisão foi fundamentada pelo Relatório Mundial sobre o tráfico humano 2014, que cita o Quênia como fonte, lugar de passagem e destino do tráfico humano", disse o governo em comunicado, citado pelo jornal "Daily Nation".

Segundo precisou, a decisão foi tomada na terça-feira passada devido ao "alto risco" que sofrem estas crianças.

As licenças de quem realiza adoções internacionais já foram revogadas com efeito imediato.

O governo justificou esta medida em sua tentativa de terminar com as adoções ilegais, já que "as leis do Quênia não definem a venda, recrutamento e o comércio de crianças como parte do tráfico".

"Isto criou um vazio legal para interesses fraudulentos, que se disfarçam através de agências de adoção e adotantes, e que participam do negócio sem escrúpulos do tráfico humano, com o pretexto da caridade", indicou o comunicado.

Recentemente, um missionário de 19 anos de idade e de nacionalidade americana foi acusado de abusar sexualmente de crianças em um orfanato de Nairóbi, fato que comoveu a sociedade queniana.

O Quênia não é o único país africano que estabelece impedimentos à adoção de crianças por parte de casais internacionais, pois em agosto passado a Etiópia negou a adoção de duas crianças a duas famílias espanholas.

As duas famílias já tinham convivido com seus filhos adotados na Etiópia durante quatro meses, mas receberam a recusa da Justiça daquele país para a adoção definitiva e a mudança dos menores para a Espanha.

O governo da Etiópia justificou sua decisão alegando que tinha detectado uma suposta falsificação de um documento por parte do orfanato etíope onde moravam os menores.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaQuênia

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua