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Governo do Haiti mantém eleições presidenciais para domingo

Há dois meses, a oposição denuncia um "golpe de Estado eleitoral" estimulado por Martelly, que não pode disputar um segundo mandato consecutivo


	Eleições: "As eleições devem acontecer e acontecerão com ordem e disciplina"
 (Andres Martinez Casares / Reuters)

Eleições: "As eleições devem acontecer e acontecerão com ordem e disciplina" (Andres Martinez Casares / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 09h07.

O governo do Haiti confirmou na quinta-feira a realização das eleições presidenciais de domingo para evitar o risco de deixar o país no caos, apesar da recusa da oposição de participar, da ameaça de violência e das preocupações da comunidade internacional.

"Desde que assumi o cargo em 2011, sempre disse que sairia em 7 de fevereiro de 2016", disse o presidente Michel Martelly em um discurso à nação.

"Por isto queremos que o 24 de janeiro seja respeitado. As eleições devem acontecer e acontecerão com ordem e disciplina", completou.

Há dois meses, a oposição denuncia um "golpe de Estado eleitoral" estimulado por Martelly, que não pode disputar um segundo mandato consecutivo, de acordo com a Constituição.

No primeiro turno de 25 de outubro, o candidato governista Jovenel Moise recebeu 32,76% dos votos, contra 25,29% de Jude Celestin.

Após a divulgação dos resultados, o opositor se negou a fazer campanha e a participar no segundo turno.

"No dia 24 não, não irei a esta farsa, não será uma eleição, será uma seleção, já que existirá apenas um candidato", declarou Celestin.

Inicialmente previsto para 27 de dezembro, o segundo turno foi remarcado para 24 de janeiro, após uma avaliação de uma comissão independente que divulgou um relatório no qual afirma que as eleições foram "manchadas por irregularidades".

O Conselho Eleitoral Provisório (CEP) admitiu que boa parte dos funcionários das mesas eleitorais não estavam capacitados para a tarefa e garantiu um treinamento melhor para o segundo turno.

Ao mesmo tempo, milhares de haitianos protestaram durante a semana em Porto Príncipe, bloqueando com barricadas as ruas do centro da capital e enfrentando a polícia.

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