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Governo da Alemanha prevê para 2020 a pior recessão em 50 anos

Segundo ministro da Economia alemão, piores resultados virão no segundo trimestre quando o PIB do país retroceder 10%

Alemanha: Governo estima que exportações, o pilar da economia, sejam reduzidas em 11,6% neste ano (Sean Gallup/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de abril de 2020 às 10h45.

Última atualização em 29 de abril de 2020 às 13h01.

O governo alemão teme que o coronavírus afunde o país na pior recessão desde o início de seus cálculos estatísticos nos anos 1970, com um retrocesso do PIB de 6,3% em 2020, anunciou o ministro da Economia, Peter Altmaier, nesta quarta-feira (29).

Essas previsões, que se baseiam em uma flexibilização "progressiva e moderada" do confinamento instaurado para conter a propagação da pandemia, contemplam uma recuperação econômica em 2021, com crescimento de 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

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"Vamos viver a pior recessão na história da República da Alemanha", afirmou Altmaier. "Depois de 10 anos de crescimento, as consequências da pandemia afundam nossa economia na recessão e representam um grande desafio econômico e político", acrescentou.

"Os piores resultados virão no segundo trimestre", disse o ministro. Neste período de 2020, o PIB alemão vai retroceder 10%, um número nunca visto na história recente, segundo os cálculos dos principais institutos econômicos publicados no início do mês.

Desde a última semana, a Alemanha colocou em andamento um desconfinamento progressivo e reabriu alguns comércios.

"Não podemos nos arriscar a ter um aumento das infecções", afirmou o ministro. "Esta é uma corrida de resistência e não podemos colocar em perigo os êxitos obtidos até agora", acrescentou.

As exportações, pilar da economia alemã, serão especialmente afetadas pela crise. O governo estima que as vendas no exterior serão reduzidas em 11,6% em 2020 e subirão 7,6% em 2021.

O desemprego no país subirá até atingir 5,8% da população ativa, estimou o ministro. Neste momento, a Alemanha possui pelo menos três milhões de trabalhadores em desemprego temporário devido à paralisação provocada pela pandemia, segundo dados oficiais.

O governo tenta sustentar a economia com planos milionários que incluem auxílios diretos a empresas ou empréstimos.

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