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G20 promete recursos 'sem limites' ao FMI

Diretora do fundo disse que terá todas as verbas necessárias para agir em caso de crise

Christine Lagarde: autorização para ampliar os recursos do FMi 'sem um piso, sem um teto, sem limites' (Brendan Smialowski/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 14h45.

Cannes - Os países do G20 encerraram nesta sexta-feira a polêmica sobre a contribuição de novas verbas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ao prometer todos os 'recursos necessários' para a entidade, o que se traduz, segundo a diretora-gerente Cristine Lagarde, em uma autorização 'sem limites'.

'Saio daqui com uma autorização para ampliar meus recursos sem um piso, sem um teto, sem limites. Os membros nos disseram que farão o máximo possível para que o FMI fique totalmente equipado (de recursos) para atuar em casos de crise', declarou Lagarde, em tom de satisfação, em entrevista coletiva.

Este assunto foi um dos mais complicados de negociar no G20, diante da resistência de alguns países em aceitar fornecer mais verbas, entre eles os Estados Unidos, maior contribuinte individual do Fundo.

Já o Brasil ficou entre os que apoiam enviar mais recursos ao FMI. A presidente Dilma Rousseff condicionou a transferência de mais verbas ao Fundo à elevação da cota de poder do Brasil no organismo, reconhecendo assim maior peso ao país na economia mundial.

Durante os dois dias que durou a Cúpula do G20 em Cannes (França), os negociadores discutiram sobre a necessidade de fixar um número concreto de recursos adicionais para a instituição financeira.

O comunicado final do G20, no entanto, evita dar números. 'Continuaremos garantindo que o FMI continue tendo os recursos para desenvolver seu papel sistêmico em benefício de todos os seus membros'.

'Estamos preparados para assegurar que todos os recursos adicionais necessários sejam mobilizados no momento apropriado', acrescenta a nota.


Para Lagarde, o fato de não haver um número 'não tem nada de ruim', dadas as atuais circunstâncias. Ela destaca que os 20 membros do G20, que somam 85% da riqueza mundial, tenham se comprometido a pôr os recursos à disposição da entidade.

O comunicado do G20 estabelece que um dos assuntos da próxima reunião de ministros de Finanças do grupo - prevista para princípios de dezembro - será planejar como os recursos extras serão colocados à disposição do Fundo.

O G20, inclusive, apresentou sugestões de como arrecadar o dinheiro necessário e citou como exemplo as contribuições bilaterais ao FMI, a emissão de Direitos Especiais de Giro (uma espécie de moeda do Fundo) e a criação de uma estrutura especial, como uma conta estruturada, onde possam ser feitas contribuições voluntárias.

O grupo das principais nações ricas e emergentes do mundo também autoriza o FMI a aplicar uma nova linha de crédito destinada a países com boa gestão econômica, mas com problemas pontuais de liquidez. EFE

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Cannes - Os países do G20 encerraram nesta sexta-feira a polêmica sobre a contribuição de novas verbas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ao prometer todos os 'recursos necessários' para a entidade, o que se traduz, segundo a diretora-gerente Cristine Lagarde, em uma autorização 'sem limites'.

'Saio daqui com uma autorização para ampliar meus recursos sem um piso, sem um teto, sem limites. Os membros nos disseram que farão o máximo possível para que o FMI fique totalmente equipado (de recursos) para atuar em casos de crise', declarou Lagarde, em tom de satisfação, em entrevista coletiva.

Este assunto foi um dos mais complicados de negociar no G20, diante da resistência de alguns países em aceitar fornecer mais verbas, entre eles os Estados Unidos, maior contribuinte individual do Fundo.

Já o Brasil ficou entre os que apoiam enviar mais recursos ao FMI. A presidente Dilma Rousseff condicionou a transferência de mais verbas ao Fundo à elevação da cota de poder do Brasil no organismo, reconhecendo assim maior peso ao país na economia mundial.

Durante os dois dias que durou a Cúpula do G20 em Cannes (França), os negociadores discutiram sobre a necessidade de fixar um número concreto de recursos adicionais para a instituição financeira.

O comunicado final do G20, no entanto, evita dar números. 'Continuaremos garantindo que o FMI continue tendo os recursos para desenvolver seu papel sistêmico em benefício de todos os seus membros'.

'Estamos preparados para assegurar que todos os recursos adicionais necessários sejam mobilizados no momento apropriado', acrescenta a nota.


Para Lagarde, o fato de não haver um número 'não tem nada de ruim', dadas as atuais circunstâncias. Ela destaca que os 20 membros do G20, que somam 85% da riqueza mundial, tenham se comprometido a pôr os recursos à disposição da entidade.

O comunicado do G20 estabelece que um dos assuntos da próxima reunião de ministros de Finanças do grupo - prevista para princípios de dezembro - será planejar como os recursos extras serão colocados à disposição do Fundo.

O G20, inclusive, apresentou sugestões de como arrecadar o dinheiro necessário e citou como exemplo as contribuições bilaterais ao FMI, a emissão de Direitos Especiais de Giro (uma espécie de moeda do Fundo) e a criação de uma estrutura especial, como uma conta estruturada, onde possam ser feitas contribuições voluntárias.

O grupo das principais nações ricas e emergentes do mundo também autoriza o FMI a aplicar uma nova linha de crédito destinada a países com boa gestão econômica, mas com problemas pontuais de liquidez. EFE

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