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Fukushima remove estátua polêmica de criança com roupa antirradiação

A estátua recebeu diversas críticas por não contribuir com a melhora da reputação da cidade, que foi sede da central nuclear destruída pelo tsunami em 2011

Fukushima: É impossível continuar expondo uma estátua que se supunha ser 'um símbolo de reconstrução', se os cidadãos estão divididos a esse respeito, disse o prefeito (Kwiyeon Ha/Reuters)
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AFP

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 11h54.

Última atualização em 29 de agosto de 2018 às 14h01.

A cidade japonesa de Fukushima decidiu remover a estátua de um garoto vestindo um uniforme amarelo de proteção contra a radioatividade, após críticas de que a sua exposição prejudica a imagem da região.

"Me pareceu impossível continuar expondo uma estátua que se supunha ser 'um símbolo de reconstrução', se os cidadãos estão divididos a esse respeito", explicou o prefeito de Fukushima, Hiroshi Kohata, em um comunicado, no qual pediu desculpas a quem a obra tiver "ferido sensibilidades", nessa região gravemente afetada pelo acidente nuclear de março de 2011.

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De 6 metros de altura e inaugurada no início de agosto, a obra "vai ser retirada o mais rápido possível". Ainda não se decidiu qual será seu destino.

"Sun child", como foi batizada, representa um menino com um capacete em uma mão, exemplo de que o ar agora está limpo, e um sol na outra, símbolo de esperança. No torso, vê uma tela que mostra "000" para destacar a ausência de radiação.

Vários internautas consideraram que a estátua é "sinistra" e que não contribui para restabelecer a reputação de Fukushima.

A cidade de Fukushima é a capital da região administrativa homônima, sede da central nuclear destruída pelo tsunami de 11 de março de 2011.

A catástrofe nuclear de Fukushima, a pior desde o acidente de Chernobyl (Ucrânia) em abril de 1986, provocou a retirada de milhares de habitantes. Muitos nunca mais voltaram para suas casas.

O autor da escultura, Kenji Yanobe, havia explicado que, com sua obra, quis transmitir uma mensagem positiva. Em sua página on-line, disse "lamentar" a decisão de retirada da estátua, embora também não queira ver seu trabalho como alvo de polêmica.

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