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Francisco gera gestos e não tem agenda política

Papa reage como um profeta que vê para além do presente e deseja indicar "caminhos e construir pontes", disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi


	Papa conversa em Jerusalém com o presidente (d) e o premier de Israel: porta-voz disse que data de oração pela paz dos líderes israelense e palestino ainda não foi fixada
 (AFP)

Papa conversa em Jerusalém com o presidente (d) e o premier de Israel: porta-voz disse que data de oração pela paz dos líderes israelense e palestino ainda não foi fixada (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 13h41.

O Papa Francisco gera gestos e não tem uma agenda política, indicou nesta segunda-feia em Jerusalém o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

Interrogado sobre a proposta de convocar no Vaticano um dia de oração pela paz no Oriente Médio com o presidente israelense, Shimon Peres, e o líder palestino, Mahmud Abbas, interpretada como uma tentativa de mediação, Lombardi assegurou que a data ainda não foi fixada.

"Receberão um comunicado oficial", adiantou.

"Todos sabem que é necessário um novo impulso para o processo de paz", acrescentou.

O Papa reage como um profeta que vê para além do presente e deseja indicar "caminhos e construir pontes", disse.

Para Lombardi, a decisão do Papa de descer no domingo do carro em Belém para tocar com suas próprias mãos o muro de separação entre Israel e o território palestino, assim como a de visitar nesta segunda-feira o monumento às vítimas israelenses de atentados, foram gestos "significativos, que completaram" a visita, ressaltou.

"Não se trata de gestos contra alguém", explicou.

Francisco quis tocar o muro que não conduz a paz e lembrar o terrorismo que deixa vítimas inocentes e destrói a paz, esclareceu.

"O Papa se sente livre para agir como quiser", afirmou.

O porta-voz do Vaticano reconheceu que prestar homenagem ao controverso muro de separação gerou irritação entre os israelenses.

"Não me surpreendeu", comentou.

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