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França não descarta sanções contra Arábia Saudita por caso Khashoggi

A França pediu que a Arábia Saudita estabeleça a verdade sobre o caso do jornalista Khashoggi, que desapareceu após entrar no consulado saudita

Khashoggi desapareceu após entrar no consulado saudita em Istambul no dia 2 de outubro e não foi visto desde então (Osman Orsal/Reuters)
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Reuters

Publicado em 31 de outubro de 2018 às 08h58.

Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 08h58.

Paris - A França não descarta a possibilidade de impor sanções contra a Arábia Saudita se for comprovado que autoridades do reino estiveram envolvidas no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, afirmou o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, nesta quarta-feira.

A França pediu que a Arábia Saudita estabeleça a verdade sobre o caso --uma vez que Riad já mudou sua versão dos fatos diversas vezes-- e identifique os responsáveis pelo assassinato e os puna.

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"Enquanto os responsáveis e as circunstâncias do assassinato não forem levados a público, divulgados e avaliados, nós continuaremos a exigir a verdade", disse Le Drian à rádio RTL. "Até agora, nós não a temos".

"Nós tomaremos as medidas necessárias contra aqueles que forem responsáveis", disse, acrescentando que a França não descarta a possibilidade de impor sanções contra a Arábia Saudita, que é uma importante consumidora de armamentos, produtos de luxo e diversas outros itens de exportação francesa.

A morte de Khashoggi --um colunista do jornal Washington Post e crítico do governante de fato da Arábia Saudita, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman-- provocou indignação internacional e levou o maior exportador de petróleo do mundo a um período de crise.

Khashoggi desapareceu após entrar no consulado saudita em Istambul no dia 2 de outubro e não é visto desde então. Seu corpo não foi encontrado, mas a Arábia Saudita já admitiu que ele foi assassinado no que descreveu como uma operação que deu errado.

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