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França, Alemanha, Itália e Espanha discutem futuro da UE

O encontro pretende impulsionar uma nova dinâmica política para devolver a fé na Europa, questionada pelo "Brexit" e pela ascensão do populismo

UE: o principal tema da reunião de hoje será o futuro da UE após a saída do Reino Unido (Ian Waldie/Getty Images)

UE: o principal tema da reunião de hoje será o futuro da UE após a saída do Reino Unido (Ian Waldie/Getty Images)

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EFE

Publicado em 6 de março de 2017 às 10h18.

Paris - Os líderes de França, Alemanha, Itália e Espanha realizam nesta segunda-feira uma cúpula em Versalhes, nos arredores de Paris, na qual discutirão o futuro da União Europeia (UE) após a saída do Reino Unido e com a qual buscam lançar uma imagem de unidade diante dos próximos desafios.

O encontro pretende impulsionar uma nova dinâmica política para devolver a fé na Europa, questionada pelo "Brexit" e pela ascensão do populismo.

O presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, e o chefe do Executivo espanhol, Mariano Rajoy, iniciarão às 18h locais (14h de Brasília) uma reunião, e depois cada um deles fará uma declaração individual à imprensa.

Os líderes dos países mais populosos da UE pretendem oferecer uma orientação comum sem que pareça que estão prescrevendo às outras nações do bloco o que é preciso fazer, porque isto poderia dificultar a busca de consenso.

O encontro acontece quatro dias antes do Conselho Europeu de 9 e 10 de março e é vista como uma preparação para a grande reunião de 25 de março de celebração do 60º aniversário do Tratado de Roma, que deveria servir para o relançamento do projeto europeu.

O principal tema da reunião de hoje será o futuro da UE após a saída do Reino Unido ("Brexit").

Entre os cinco cenários propostos pela Comissão Europeia em seu Livro Branco, os quatro países, em princípio, parecem preferir o terceiro.

Essa opção coloca a ideia de que a integração europeia deve ser realizada através dos chamados "círculos concêntricos".

Isto significa que, assim como já existe na zona do euro, os países que desejarem possam se associar de forma mais estreita, sem obrigarem o resto.

Na agenda da reunião também serão tratados assuntos da atualidade como os conflitos na Síria e na Líbia, e a relação da UE com o novo governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump.

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