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Fórum Econômico Mundial debate expansão do câncer

Pela primeira vez, Fórum debateu a necessidade de medidas globais para combater a expansão do câncer

Representação de célula cancerígena: segundo a OMS, a previsão é que, em 2030, ocorrerão 22 milhões de novos casos de câncer (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2015 às 12h12.

O Fórum Econômico Mundial (WEF em inglês), que será encerrado hoje (25) em Davos, Suíça, debateu pela primeira vez a necessidade de medidas globais para combater a expansão do câncer . Conforme informou Luiz Antonio Santini, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, o acontecimento  “foi uma grande conquista”.

Levantadas pelo Fórum Mundial de Oncologia, em outubro do ano passado, as perdas com tratamento, morte e invalidez atingem US$ 2 trilhões por ano, o que equivale a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Para Santini, o câncer vem se tornando cada dia mais um problema de saúde pública global. “Não é um problema, como se pensou durante muito tempo, restrito aos países desenvolvidos, às pessoas mais ricas ou de classe social alta. Na verdade, hoje o quadro não é esse”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a previsão é que, em 2030, ocorrerão 22 milhões de novos casos de câncer entre homens, mulheres e crianças, com 13 milhões de mortes, a maioria delas em países menos desenvolvidos ou mais pobres. “Isto é uma epidemia global”, ressaltou Santini.

Diante disso e dos altos valores envolvidos para acesso a diagnóstico e tratamento de câncer, além das perdas sociais e econômicas atribuídas às famílias,  Santini defendeu posicionamento conjunto dos países sobre o problema. “Colocar o tema na ordem do dia da economia global é uma conquista importante para a comunidade que cuida desse assunto na esfera mundial”.

Acrescentou que o câncer requer ações conjuntas, como foi proposto em Davos, nos últimos dias 23 e 24,  pelo presidente do Fórum Mundial de Oncologia, Franco Cavalli. Segundo o especialista do Inca, o que encarece o controle do câncer são as atividades  de prevenção, diagnóstico precoce e cuidados paliativos.

Lembrou que o Brasil tem sido reconhecido internacionalmente pela prevenção de câncer. Citou o  exemplo do Programa de Controle do Tabagismo, que gera redução da mortalidade de câncer de pulmão. “As atividades de prevenção são o que se denomina de custo-efetivas. Ou seja, quanto mais você puder prevenir, menor custo terá”, informou.

Destacou a existência de um conjunto de casos de câncer que, independente da prevenção, ocorrerão, com tratamentos cada vez mais caros. "Por isso, é importante que haja investimentos em pesquisas, de modo a implementar novos tratamentos e medicamentos”. Na avaliação do diretor-geral do Inca, o desafio do câncer é global, não só  no sentido da abrangência mundial da doença, mas de sua abordagem. “Ela exige investimentos em diversos segmentos. A possibilidade de tratar câncer aumentou muito, mas o custo desse tratamento é muito elevado”,  concluiu.

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O Fórum Econômico Mundial (WEF em inglês), que será encerrado hoje (25) em Davos, Suíça, debateu pela primeira vez a necessidade de medidas globais para combater a expansão do câncer . Conforme informou Luiz Antonio Santini, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, o acontecimento  “foi uma grande conquista”.

Levantadas pelo Fórum Mundial de Oncologia, em outubro do ano passado, as perdas com tratamento, morte e invalidez atingem US$ 2 trilhões por ano, o que equivale a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Para Santini, o câncer vem se tornando cada dia mais um problema de saúde pública global. “Não é um problema, como se pensou durante muito tempo, restrito aos países desenvolvidos, às pessoas mais ricas ou de classe social alta. Na verdade, hoje o quadro não é esse”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a previsão é que, em 2030, ocorrerão 22 milhões de novos casos de câncer entre homens, mulheres e crianças, com 13 milhões de mortes, a maioria delas em países menos desenvolvidos ou mais pobres. “Isto é uma epidemia global”, ressaltou Santini.

Diante disso e dos altos valores envolvidos para acesso a diagnóstico e tratamento de câncer, além das perdas sociais e econômicas atribuídas às famílias,  Santini defendeu posicionamento conjunto dos países sobre o problema. “Colocar o tema na ordem do dia da economia global é uma conquista importante para a comunidade que cuida desse assunto na esfera mundial”.

Acrescentou que o câncer requer ações conjuntas, como foi proposto em Davos, nos últimos dias 23 e 24,  pelo presidente do Fórum Mundial de Oncologia, Franco Cavalli. Segundo o especialista do Inca, o que encarece o controle do câncer são as atividades  de prevenção, diagnóstico precoce e cuidados paliativos.

Lembrou que o Brasil tem sido reconhecido internacionalmente pela prevenção de câncer. Citou o  exemplo do Programa de Controle do Tabagismo, que gera redução da mortalidade de câncer de pulmão. “As atividades de prevenção são o que se denomina de custo-efetivas. Ou seja, quanto mais você puder prevenir, menor custo terá”, informou.

Destacou a existência de um conjunto de casos de câncer que, independente da prevenção, ocorrerão, com tratamentos cada vez mais caros. "Por isso, é importante que haja investimentos em pesquisas, de modo a implementar novos tratamentos e medicamentos”. Na avaliação do diretor-geral do Inca, o desafio do câncer é global, não só  no sentido da abrangência mundial da doença, mas de sua abordagem. “Ela exige investimentos em diversos segmentos. A possibilidade de tratar câncer aumentou muito, mas o custo desse tratamento é muito elevado”,  concluiu.

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